Reviews e Análises
King’s Man: A Origem – Crítica
Filmes que resolvem contar a origem de alguma coisa depois que a franquia está estabelecida podem ser difíceis de engolir. Nem sempre o roteiro responde a todas as dúvidas. Por outras, reponde a muito mais do que a gente gostaria de saber e aí a coisa se perde. Em poucas oportunidades podemos dizer que uma “prequel” funciona perfeitamente. Em King’s Man: A Origem, a ideia era contar sobre o surgimento da agência secreta de espiões britânicos (e mundiais se lembrarmos da sequência). O período escolhido para dar início à história são os fatos reais que levaram ao assassinato do arquiduque e possível herdeiro do trono Austro-Húngaro, Francisco Ferdinando, e que acabaram levando à Primeira Guerra Mundial.
Com um roteiro intrincado e até complicado para um filme de ação, envolvendo muita intriga política e reviravoltas, pode parecer um pouco chato para o espectador comum. Em alguns momentos fica evidente que a montagem e o roteiro do filme se perdem e muito poderia ter sido reescrito ou ainda editado para que a história ficasse mais dinâmica. Fica a impressão que a coisa só decola mesmo depois da metade da exibição. E aí pode já ser tarde para prender o espectador que busca entretenimento em um filme de ação como o Kingsman original.
O elenco está ótimo com Ralph Fiennes no papel do fundador da agência, Orlando Oxford. Gemma Arterton como Polly poderia ter mais espaço de tela e um papel mais relevante, pois ela é ótima. Outro ótimo ator que ganha pouco destaque é Djimon Hounsou. Infelizmente o filme dá muito destaque para o galãzinho Harris Dickinson que é o menos carismático de todos. Apesar disso, o filme valeria somente pela encarnação incrível de Rhys Ifans para o histórico personagem de Grigori Rasputin. Só as cenas dele já valem o ingresso.
O mais interessante do filme é ver como a história real vai ser usada para criar a agência, mas talvez se houvesse mais momentos de ação na primeira metade do filme, a coisa ficasse mais agradável. Mesmo assim é uma nova possibilidade que se abre para a franquia pois agora podem fazer um Kingsman na segunda guerra (indicado na cena pós-créditos), na Guerra Fria, no Vietnã, entre outros conflitos mundiais. O tabuleiro está aberto. Cabe ver como esse filme sairá nas bilheterias para que isso se torne possível.
Reviews e Análises
O Dublê – Crítica
Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.
O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.
Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.
Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.
Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.
O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.
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