Reviews e Análises
Benedetta – Crítica
O mais recente filme de Paul Verhoeven (Robocop, Instinto Selvagem, entre outros) é mais um exemplo do tipo de filme que esse diretor holandês gosta de fazer: polêmico, sexual, violento. Assim como em todas as suas obras anteriores, o filme parte de uma premissa simples para depois ser desenvolvido um espectro maior de crítica, deboche e luxúria. E tem o objetivo de, principalmente, nunca se levar a sério demais.
O filme conta a história real de Benedetta Carlini, uma freira que viveu em um convento em Pescia, Itália, no século XVII. Baseado no livro Atos Impuros: A Vida de Uma Freira Lésbica na Itália da Renascença, de Judith Brown, o filme se aproveita de todos os temas polêmicos que poderiam envolver a história e exarcerba eles para chamar atenção. Então vai ter romance proibido entre duas mulheres, muita nudez, sexo com imagem da santa Virgem Maria transformado em consolo, sonhos libertinosos com Jesus crucificado, um emissário Papal com esposa grávida, ganância religiosa, peste negra, sinais divinos duvidosos, entre outros milhares de gatilhos para chocar as tias e tios do zap.
Mas se você assistir ao filme conhecendo o diretor, sabe que tudo ali não passa de zoação de Verhoeven. É feito com o intuito de contar uma piada. O CGI horrível de cobras demoníacas, Jesus cavaleiro com espada em punho, o próprio consolo, tudo é uma grande anedota para a própria diversão desse holandês maluco que faz esse tipo de ironia desde sempre. Mas mesmo depois de tirar sarro de tudo isso, ainda sobram do filme as excelentes atuações de Virginie Efira, Charlotte Rampling e Lambert Wilson.
O roteiro também consegue prender o espectador que tenta acompanhar tudo aquilo que acontece e determinar se tudo não passa de invencionice da tal Benedetta ou se há algo mais ali. Mas tenha certeza de que não é Verhoeven quem vai responder isso para o espectador.
Reviews e Análises
O Dublê – Crítica
Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.
O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.
Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.
Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.
Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.
O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.
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