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Goku Day é celebrado na Max com o melhor conteúdo de Dragon Ball
No dia 9 de maio, os fãs da produção juntam-se em uma celebração global para comemorar um dos seus personagens favoritos
Na próxima quinta-feira, 9 de maio, é celebrado mundialmente o Goku Day e a Max participará desta comemoração com uma programação especial, convidando os fãs para curtir DRAGON BALL KAI e DRAGON BALL Z KAI: EPISÓDIOS FINAIS na plataforma. Na data, o público poderá reviver diversos destaques desse personagem icônico e central na franquia de sucesso DRAGON BALL.
O Goku Day é uma ocasião especial dedicada ao lendário personagem de DRAGON BALL, Goku, criado por Akira Toriyama. A data de 9 de maio foi instituída como dia oficial das comemorações em todo o mundo porque em japonês os números 5 e 9 (equivalente à data 5/9, ou seja, 9 de maio nos países latino-americanos) são pronunciados foneticamente como “go” e “ku”, palavras que juntas possuem som semelhante a “Goku”, nome do querido personagem. Embora a comemoração já existisse nas redes sociais, foi oficializada em 2015 pela Japan Anniversary Association, após receber inúmeros pedidos do público e da TOEI Animation, estúdio por trás do anime de sucesso.
A Max acompanha os fãs da produçãoem um dia tão importante participando das comemorações do Goku Day com diversos conteúdos. O público poderá desfrutar de DRAGON BALL Z KAI e DRAGON BALL Z KAI: EPISÓDIOS FINAIS, séries que exploram a vida de Goku anos após seu triunfo sobre Piccolo. Prepare-se para viver uma experiência épica com Goku e seus amigos!
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A Hora da Estrela – Crítica
Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:
Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.
Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.
O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.
A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.
As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.
“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.
Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.
Nota 5 de 5
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