Reviews e Análises
Esperando Bojangles – Crítica
“Quando a realidade for banal e triste, invente uma bela história” . Sendo assim, seria prosaico, quase vulgar, resumir Esperando Bojangles apenas como um filme sobre o vertiginoso e desesperado amor entre o penetra-vigarista-mitômano George (Romain Duris) e a traumatizada bipolar Camille (Virginie Efira). O longa do diretor francês Régis Roinsard – baseado no romance homônimo de Olivier Bourdeaut – a princípio, nos transporta para um sonho cômico e palpável onde nenhuma carta nunca é aberta, em que acontecem festas todos os dias com mais de 300 convidados e que tem pelos cantos, andando e bicando, o grande pássaro exótico chamado Supérflua.
O problema indissolúvel dos sonhos, porém, é que, em algum momento, precisa-se acordar.
Aos poucos, Roinsard vai nos despertando ao apresentar a displicência financeira da família – sempre resolvida pelo amigo Charles –, pela educação não convencional do filho Gary e pelos rompantes de descontrole de Camille, que chegam ao ápice quando ela coloca fogo no apartamento e é levada para um hospital psiquiátrico. Quando há realidade, há dor!
Sentimos a bipolaridade e a loucura de Camille não apenas por causa da excelente atuação de Virginie Efira ou pelos violentos tratamentos do período em que se passa a história (meados dos anos 60), mas pela mudança de fotografia, lá pelo meio do segundo ato: onde tudo era extravagante e colorido, agora é insípido, pobre e mundano.
Sentimos o amor desesperado de George por todas as mulheres que são Camille, não apenas pela química magnética de Efira e Romain Duris, mas principalmente quando ele e Gary decidem raptar sua Sabina do manicômio. Com a ajuda de Charles, os três vão para um castelo na Espanha e tudo parece voltar ao lugar, mas o idílio foi maculado.
Esperando Bojangles é um exercício de não julgamentos. Ao dançarem todas as noites ao som da canção-título, Camille e George deixam claro que por mais amor que tenham pelo seu filho Gary ou pelo eterno admirador Charles, existe apenas um par possível nesta dança, e se não for possível entender essa condição até a última cena, os agridoces créditos finais ficarão insuportavelmente amargos.
Reviews e Análises
O Dublê – Crítica
Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.
O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.
Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.
Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.
Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.
O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.
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