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Reviews e Análises

Três Mulheres – Uma Esperança – Crítica

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Filme digno de ser cotado pro Oscar, tamanha estrutura dramática e de elementos. Me impressionou tanto que até comecei o texto de forma diferente. Um bom drama com tempero de guerra e com elementos de sobrevivência. E de uma ótica feminina…. Ou sejaaaa. E de mexer com as emoções.

Simone, Vera e Winnie, “Três mulheres – Uma esperança”, A2 Filmes, 2023

A direção e o roteiro tem a assinatura de Saskia Diesing, que apesar de alguns trabalhos já feitos, nenhum de grande repercussão. As escolhas técnicas e os efeitos foram todos muito bem feitos e apresentados. A tensão dada pela condução nas cenas e pelo olhar da diretora é um ponto muito elogiável. Outro ponto é conseguir passar para o espectador o escalonamento de angústia vivida pelos personagens. As cenas tem falas e subtextos muito fortes e bem construídos. A premissa e como é feita a estrutura da narrativa também é maravilhoso. O texto tem uma parte muito forte de exigência de interpretação pois coloca uma barreira linguística entre as personagens (uma russa, uma alemã e uma judia). Os objetivos das personagens são muito fortes e fazer nós, que estamos de cá, abraçar a jornada de cada uma.

No elenco vemos em ação a Hanna Van Vliet (“Anne +: O filme” de 2021) como Simone, Eugéne Anselin (“O Capitão” de 2017 e “A menina invisível de 2018) como Vera e Anna Bachmann (“Loverboy” de 2017) como Winnie. O elenco está afinado. Entregam muito bem e conseguem captar e passar para o público a proposta do texto e da direção de forma maravilhosa. Existe uma cena em que as 3 se comovem com o mesmo fato, porém de perspectivas diferentes da situação e é impressionante como cada uma expressa de forma maravilhosa e densa essa emoção. Eu poderia elogiar muito porque me chamou muito a atenção esse trabalho.

“Três mulheres – Uma esperança”, A2 Filmes, 2023

O filme conta a história de três mulheres que tem seus caminhos cruzados por um imprevisto no fim da segunda guerra mundial. Neste período alguns judeus prisioneiros foram usados como moeda de troca para liberação de soldados nazistas. Um desses trens é abandonado pelos soldados condutores pouco antes de chegar a cidade destino, porém próxima a uma cidade alemã. Soldados russos, antagonistas aos nazistas, fazem o resgate desse trem e reivindicam parte da cidade que pertencia aos soldados nazistas e apoiadores para acomodação desses refugiados. Nesse clima, que uma soldado russa, uma refugiada judia e uma jovem alemã acabam tendo que dividir o mesmo teto. Isso faz questionar até onde as ideologias estão acima da humanidade. Mostra que há abuso contra mulheres independente das ideologias e contextos em que elas estão inseridas. Mostram como todos perderam pessoas importantes. Isso porque não mencionei os dramas familiares e pessoais que cada uma vive nesse trajeto da esperança do fim oficial dessa guerra. Mas não contarei mais porque gostaria muito de saber o que você achou. 

Esta crítica da nota 5 de 5 sem nem titubear.

Avaliação: 5 de 5.

O filme estreia dia 08 de junho nos cinemas.

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Reviews e Análises

O Dublê – Crítica

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Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.

O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.

Ryan Gosling é Colt Seavers em O Dublê, dirigido por David Leitch

Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.

Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.

Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.

O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.

Avaliação: 5 de 5.
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Burburinho

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