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Reviews e Análises

A História da Minha Mulher – Crítica

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Sabe quando te falta métrica para falar de um filme, mas por outro lado sobra interesse? Pois é. O filme é bom, muito bem construído, tu percebe o monte de conceito embutido ali, e desperta o interesse de ficar. Ainda mais que toda hora você muda de opinião sobre a esposa do cara, e até sobre ele também. E o que é uma boa obra senão conectar com seu público e mexer com suas emoções? Esse filme é bom em fazer isso. E vale adiantar também que é uma adaptação de um romance lançado em Fevereiro de 1989.

“A história da minha mulher”, Pandora Filmes, 2023

O filme tem direção de Ildikó Enyedi, uma diretora e autora húngara que também dirigiu “O meu século XX” de 1989 e “Corpo e alma” de 2017. Neste filme ela faz um trabalho belíssimo. A fotografia do filme é bonita, as escolhas de câmera em movimento são muito bem executadas, e eu poderia passar a tarde elogiando as boas escolhas que foram conduzidas por ela. Realmente o filme não deixa a desejar em nada tecnicamente. Nem mesmo nas inserções mais conceituais de referências de imagem. Sendo simples e direto: Excelente trabalho!

O roteiro tem as mãos adaptadoras de Ildikó sobre a obra literária de Milán Füst. Eu gostaria de dizer que o roteiro é delicado, mas não é. É um texto áspero, com cenas densas, com um rítmo que ora é turbulento e tempestuoso e outra hora calmo e fluido. Realmente não tenho referência da obra literária, mas a adaptação foi muito ajustada e feita com muita qualidade. Os segredos e viradas dos personagens, prendem você e fazem realmente você querer tomar partido na história.

“A história da minha mulher”, Pandora Filmes, 2023

Atuando temos Gijs Naber (“A Espiã” de 2006 e “Fiéis” de 2022) como o Capitão Jakob Störr e Léa Seydoux (“Azul é a cor mais quente” de 2013 e “007: Sem tempo pra morrer” de 2021) como Lizzy, o par que protagoniza o filme. Louis Garrel (“Um pequeno grande Plano” de 2021 e “Os três Mosqueteiro: D’Artagnan” de 2023) como Dedin e Luna Wedler (“Invasão de campo” de 2017 e “O falsificador” de 2022) como Grete, personagens que participam do relacionamento do casal principal. E Sergio Rubini como Kodor, amigo de Störr. Um show de atuação. Me impressionou a qualidade do trabalho de todos eles. Eu nem sei o que dizer, além de muitos aplausos.

“A história da minha mulher”, Pandora Filmes, 2023

Aqui conhecemos a história de um habilidoso capitão que se encontra em momento da vida onde deseja constituir uma família e contando isso para um amigo propõe: “me casarei com a primeira mulher que entrar pela porta do restaurante.” Cuidado com o que você deseja, rapaz. Assim conhecemos Lizzy, Uma bela mulher que já se apresenta sendo uma mulher, que não era bem o que o capitão esperava. Esse relacionamento é mostrado através de sete passos. A Lealdade de Störr em contrastante a Lizzy é palpável, e isso incomoda inclusive ela. Mas a trama se desenrola num crescente até que… Espera, melhor parar aqui. senão vou acabar revelando spoiler. Mais uma coisa. A analogia ao Störr com uma jubarte é maravilhosa e durante toda a história faz muito sentido.

Essa crítica da nota 5 de 5 pra esse filme sem nem tremer.

Avaliação: 5 de 5.

O filme estreia dia 15 de junho nos cinemas

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Reviews e Análises

O Dublê – Crítica

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Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.

O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.

Ryan Gosling é Colt Seavers em O Dublê, dirigido por David Leitch

Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.

Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.

Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.

O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.

Avaliação: 5 de 5.
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