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Reviews e Análises

Os 30 anos da Pixar – Parte II

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Olá, tudo bem? Como foram de natal?

Espero que tenham gostado da parte I, então vamos que vamos que tem parte II por aí.

A incrível sala de John Lasseter na Pixar.

Após a aquisição pela Disney a Pixar passou por um plano de expansão em seus negócios, o maior passo dado foi a inauguração da Pixar Canadá em Toronto. A escolha se deu devido à política de incentivos fiscais local e por estar com fuso horário semelhante à Hollywood.

Inicialmente o estúdio produziria curtas animados para compor extras de material home-vídeo, parques e internet. Infelizmente a vida da Pixar Canadá foi curta, três anos depois o estúdio foi fechado, dispensando mais de 100 colaboradores. A alegação foi a famosa reestruturação da empresa.

Em 2008, com o aclamado Wall-E, o estúdio somou mais US$ 534 milhões e um Oscar na categoria de Melhor Filme de Animação. A produção foi considerada pelo público como um dos 50 maiores filmes de todos os tempos. Além do Oscar recebido, Wall-E teve ainda mais cinco indicações, mais um Globo de Ouro e um BAFTA.

Catmull, Jobs e Lasseter, as três frentes responsáveis pelo sucesso da Pixar.

Um dos segredos da Pixar e que tornou marca registrada do estúdio, se trata do fato de eles não revelarem projetos futuros. Aquilo que para uns é tratado como segredo de estado, na verdade é simplesmente a discrição com que a empresa procura desenvolver seus projetos, somente revelando detalhes quando a ideia está mais do que amadurecida e já sendo trabalhada.

Outra prática importante é a receita de storytelling que a Pixar sempre aplica aos seus filmes. No vídeo abaixo (desculpa está em inglês) é possível ver como o estúdio aplica as suas 22 regras para escrever uma boa história. Inclusive é traçado um paralelo com os clássicos das Disney, que em certo ponto não passam de recriações baseadas em histórias antigas e com foco na simplicidade para atingir qualquer público. Nunca imaginei que poderia enxergar o Woody como um vilão egoísta. Vejam, vale muito a pena.

Curiosidades

Como não podia faltar temos algumas curiosidades sobre a empresa. Não vou ficar colocando os infinitos easter eggs dos filmes, isso vocês acham em vários sites. Tentarei me focar nos fatos que abordaram as produções dos filmes, mas um ou outro irei citar, já que a quantidade é absurda.

  • Em 1993, a Disney quase cancelou a produção de Toy Story pois acharam o Woody sarcasticamente babaca. Assim, o diretor John Lasseter pediu para a equipe de roteiristas para reescrever o cowboy em uma semana.
  • As feições de Woody foram inspiradas em um boneco que Lasseter tinha quando criança, o nome do boneco era Casper, the Friendly Ghost.
  • Buzz Lightyear foi inspirado no próprio Lasseter, não nem para disfarçar.

  • Conta-se que Tom Hanks ficou interessando em dar voz a Woody pois, quando criança ele imaginava seus brinquedos ganhando vida enquanto ele não estava olhando para eles.
  • Joss Whedon, sim o responsável por Vingadores e Buffy, foi um dos roteirista de Toy Story.
  • Uma semana após o lançamento de Toy Story 2 nos cinemas, em 29 de Novembro, Jobs abriu o capital da Pixar, e ela se tornou a maior oferta pública inicial daquele ano, com US$22 por ação. O ocorrido fez de Jobs um bilionário, com um patrimônio líquido avaliado em US$1,5 bilhão.
  • “A113” é um  easter egg que aparece em todos os filmes da Pixar. É um tributo a sala A113 do California Institute of the Arts que foi usada por vários estudantes de animação, incluindo John Lasseter e Brad Bird.

  • “A113” também aparece nos Simpsons;

  • Durante a produção de Toy Story 2, o filme foi quase apagado por completo dos computadores da Pixar, sorte que havia uma cópia de backup;
  • Billy Crystal se arrependeu de não aceitar fazer a voz de Buzz Lightyear, tanto que ele não perdeu tempo e aceitou fazer a de Michael, Zoiudinho da Mamãe, Wazowski em Monstros S.A;
  • Carros é a franquia mais rentável, só de merchandising ela já gerou mais de 10 bilhões de dólares. Isso explica Carros 2, só isso explica aquela coisa;
  • A Pixar inicialmente tinha a intenção de vender um vinho do Ratatouille, mas desistiram (óbvio) para não associar uma animação ao consumo de bebidas alcoólicas.

  • Up foi o segundo longa de animação da historia a concorrer ao Oscar de melhor filme, o primeiro foi A Bela e Fera. Ele também foi a primeira película a ser produzida em 3D pelo time de Lasseter.

A Pixar conseguiu produzir belas histórias que agradam gregos, troianos e baianos, não há quem não se emocione com os minutos iniciais de UP, ou quem não de risada com Mike e Sully. Quem não aprecie a valentia de Merida, se encante com o amor de Wall-E por Eve. O mérito do estúdio está em pegar em nossas mãos e nos convidar para apreciar uma boa história única, vide Divertidamente, isso os diferenciam em uma indústria que se agarra em adaptações, super heróis e remakes infinitos.

E assim terminamos a primeira temporada de Os 30 anos, agradeço muito sua audiência e principalmente sua atenção. Para terminar deixo esse vídeo.

Feliz 2017 com muito entretenimento para todos.

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O Dublê – Crítica

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Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.

O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.

Ryan Gosling é Colt Seavers em O Dublê, dirigido por David Leitch

Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.

Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.

Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.

O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.

Avaliação: 5 de 5.
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Burburinho

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