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Reviews e Análises

Os 30 anos da Pixar – Parte I

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Oiiiiiiiiiiiiii gente!!!!!

Dezembro está aí e como todos sabem, fim de ano é época de…

Não, não é isso.

É época de Os 30 anos especial!

E sem mais delongas, vamos celebrar os 30 anos do estúdio de animação mais querido do mundo.

Pixar, nasceu das mãos e da mente criativa de George Lucas. A empresa surgiu em 1979 como uma divisão da Lucasfilm – chamada Graphics Group – com a intenção de ser uma companhia especializada no desenvolvimento de softwares de computação gráfica.

Primeiro time da Pixar, digo Graphics Group.

Uma das primeiras empresas a utilizar seus serviços foi a Industrial Light & Magic – ILM – também propriedade de Lucas na época. Os primeiros trabalhos da Graphics Group podem ser vistos em filmes como Jornada nas Estrelas 2 – A Ira de Khan e em O Enigma da Pirâmide (clássico), lançados respectivamente em 82 e 85. A “pequena” divisão da Lucasfilm cresceu conforme o trabalho foi se tornando notável e chamou a atenção de outro investidor, chamado Steve Paul Jobs.

Cena de O Enigma da Pirãmide onde o trabalho da Pixar pode ser visto.

Nascimento da Pixar

O dono da maçã mais cara do mundo, recém-saído expulso da Apple, decidiu comprar a empresa em 1986 pela bagatela de US$ 5 milhões. Até hoje, essa compra é considerada um dos negócios mais bem-sucedidos da história. A então Graphic Groups ganhou um novo dono e um novo nome – Pixar.


Primeiro logo da Pixar.

O nome, de acordo com o livro “To Infinity and Beyond: The Story of Pixar Animation Studios”, surgiu durante uma conversa em um restaurante mexicano. O papo girava em torno de batizar o computador de imagens que haviam acabado de inventar. “Cresci no Novo México, onde o espanhol é o segundo idioma, e a forma infinitiva dos verbos sempre termina em ‘er’, ‘ir’ ou ‘ar’. Eu sugeri ‘Pixar’, uma palavra inventada em espanhol que significa ‘criar imagens’,” explicou Alvy Ray Smith, que veio as ser vice presidente da companhia após a sua fundação.

Além do envolvimento nos filmes, um dos principais produtos da empresa era o seu computador, o Pixar Image Computer, tendo a Walt Disney Company como principal cliente (vocês sabem onde esse namoro vai dar).


Primeiro Pixar Image Computer desenvolvido.

O computador e um software personalizado – desenvolvido pela Pixar – eram utilizados na digitalização de cores e no processo de pós-produção de animações. A primeira animação a utilizar a tecnologia foi “Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus” (1990), seguido por outros clássicos, a exemplo de “A Bela e a Fera” (1991)“O Rei Leão” (1994) e “Mulan” (1998).

Entretanto, o produto, mesmo sendo bom para o seu propósito, não vendia bem e seu custo de produção era alto. Para incrementar as vendas, uma pequena divisão de animação foi criada. Capitaneados por John Lassetter, eles tinham por objetivo criar curtas animados para mostrar o potencial do equipamento.

O primeiro curta a ser divulgado foi em 1986, a animação “Luxo Jr”, sobre duas luminárias de mesa e uma bola, foi apresentada na SIGGRAPH, uma convenção anual de computação, e se tornou um sucesso instantâneo.


Luxo Jr, 1986

Em 1987, o curta se tornou o primeiro produzido por computação gráfica a concorrer ao Oscar. No mesmo ano foi lançando o curta-metragem “O Sonho de Red”, outro sucesso da empresa surpreendeu a todos, e em março de 1988, “Tin Toy” foi o primeiro curta de animação computadorizada a receber o prêmio

 

Red Dream, 1987 

Com a continuidade das baixas vendas e uma possibilidade de falência, em 1991, Jobs decidiu reestruturar a empresa, aumentou o investimento, porém acabou demitindo de diversos colaboradores. Reestruturada, a empresa desistiu da ideia de vender o seu computador e decidiu usá-lo por conta própria. A reestruturação começou a dar frutos e não demorou muito para o estúdio assinar contratos para produção de comerciais de tv.

No mesmo ano, a Pixar fechou uma parceria de US$ 26 milhões com a Disney para a produção de 3 longas animados e a partir daí a história tomou um rumo inimaginável para aqueles que estavam na empresa.

A Pixar que conhecemos

O primeiro resultado da parceria foi Toy Story, considerado o primeiro longa de animação digital da história, chegou aos cinemas americanos em novembro de 1995  ̶  no Brasil o filme foi lançado um mês depois  ̶  E orçado em 30 milhões de dólares, a história de Woody e Buzz Lightyear e seus amigos faturou 360 milhões de dólares, isso só nos cinemas. No ano seguinte, John Lasseter subiu ao palco para receber um Oscar especial pela inovação tecnológica na animação. O prêmio foi entregue pelo genial Robin Willians e Lasseter discursou junto com seus dois amigos, Woody e Buzz.


And the Oscar goes to…

Em novembro de 1998, Vida de Inseto  ̶  Bug’s Life  ̶  foi para telona, John Lasseter e Andrew Stanton dirigiram o segundo longa que teve um faturamento próximo ao do primeiro lançamento da Pixar.

O terceiro filme planejado seria Toy Story 2, porém esse lançamento foi fonte de diversos conflitos entre o estúdio do rato e a pequena empresa da lâmpada de mesa. A Disney queria que o filme fosse lançado para home-video, o que daria brecha para mais um longa no contrato. Em suma: Vamo da um migué para ver se a gente compra 3 e leva 4.

Entretanto, a postura firme da Pixar fez com que a sequência fosse para a telona e que o contrato fosse estendido para mais 5 filmes em 10 anos.

Com os pedidos para adiarem a data de lançamento da continuação, marcada para 24 de novembro de 1999, negados tanto por parte da Disney quanto por Steve Jobs – devido aos produtos licenciados – e insatisfeita com o material produzido, a Pixar recrutou a primeira equipe criativa, com intuito de refazer o projeto dentro de um prazo de nove meses sob a liderança de Lasseter e Lee Unkrich.

Mudando-se de Richmond, na Califórnia, a Pixar inaugurou seu próprio estúdio em Emeryville, de vinte e dois acres, em 27 Novembro de 2000, onde emprega mais de seiscentas pessoas.

Em 2001, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas estabeleceu a categoria de Melhor Longa-metragem de Animação, da qual “Monstros S.A.” foi um dos primeiros concorrentes, derrotado por “Shrek”, da DreamWorks Animation. Em Fevereiro de 2004, “Procurando Nemo” (2003) marcou a primeira das muitas vitórias do estúdio nesta categoria.

Desentendimentos entre Steve Jobs e Michael Eisner, diretor-executivo da The Walt Disney Company no período, tornaram as negociações mais intricadas, ao ponto de, em meados de 2004, Jobs anunciar publicamente que o estúdio estava à procura de outra distribuidora. Em Março de 2005, um ano antes da expiração de seu contrato, Eisner anunciou que se desligaria do cargo, assumido pelo atual, Robert Iger.

 

 Fotografia de toda equipe Pixar em comemoração ao vigésimo aniversário do estúdio.

Após a troca as negociações foram retomadas e em 24 de Janeiro de 2006, poucos dias antes de completar vinte anos de fundação, a Disney anuncia a completa aquisição da Pixar, por US$7,4 bilhões. Steve Jobs, que havia reassumido a presidência da Apple, em 1997, e ainda era o maior acionista do estúdio (com 50,1% das ações), foi elevado ao posto de maior acionista único da Disney (com 7% das ações) e se tornou membro do conselho de diretores.

Como parte do novo contrato, John Lasseter, na época Vice-presidente Executivo, assumiu a posição de Diretor-criativo do Pixar Animation Studios e do rebatizado Walt Disney Animation Studios. Ed Catmull, presente desde o início da empresa, permaneceu como presidente, porém, agora, também comandando o WDAS.

Bem paramos essa parte por aqui, mas fiquem tranquilos que ainda tem mais por aí.

Até a parte 2.

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O Dublê – Crítica

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Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.

O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.

Ryan Gosling é Colt Seavers em O Dublê, dirigido por David Leitch

Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.

Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.

Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.

O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.

Avaliação: 5 de 5.
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