Reviews e Análises
O Convento – Crítica
Eu juro que tento entender qual é a obsessão de Hollywood de fazer as freiras como figuras aterradoras. As irmãs na vida real são as pessoas mais pacíficas e humildes que se pode conhecer, mas nos filmes, toda vez que surge uma, parece que estamos encontrando o próprio capeta.
O Convento (Consecration – 2023) não foge à essa regra. E, como em diversos filmes recentes de terror, esse é mais um daqueles que falha miseravelmente em aterrorizar ou assustar. O diretor Christopher Smith se especializou em fazer esses filmes de susto de baixo orçamento que não dão medo. Parabéns pra ele.
Aqui, a história ainda tenta trazer algo original. Grace (Jena Malone) é uma oftalmologista que é chamada às pressas para um convento na Escócia, onde encontraram o corpo de seu irmão, um padre, morto. Depois de conversar com o investigador da polícia e descobrir que a suspeita é de que seu irmão tenha assassinado outro sacerdote e depois se suicidado, Grace resolve investigar por conta própria o caso.
E aí entra enredo sobrenatural, o da relíquia celestial/macabra que não se decide o que é, o da viagem no tempo, o dos espíritos malignos, mais assassinatos acontecem, surgem padres sinistros e freiras esquisitonas. É uma farofa tão grande de temas que vão se acumulando que você só consegue torcer para que aquilo termine logo. Infelizmente, como filme de terror, “O Convento” é fraquíssimo e dispensável. Fuja como o diabo foge da cruz.
Reviews e Análises
O Dublê – Crítica
Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.
O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.
Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.
Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.
Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.
O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.