Reviews e Análises
Cry Macho: O Caminho para Redenção – Crítica
Cry Macho: O Caminho para Redenção é um filme estranho. Clint Eastwood produz, dirige e estrela o filme, que conta a história de Mike Malo, um antigo peão de rodeio que teve que se aposentar por causa de um acidente. Ele vira instrutor e trabalha para o dono da arena. Lá pelas tantas esse amigo cobra de Mike um favor: ele precisa ir até o México para buscar o filho do dono da arena, que estaria sendo abusado pela mãe alcoólatra. Relutante a princípio, Mike acha o garoto, mas tem dificuldade para regressar aos Estados Unidos e acaba criando uma relação de cumplicidade com o garoto, ensinando-o a ser um bom homem.
A estrutura de roteiro parece simples, mas em momento algum há peso dramático real. As dificuldades e conflitos aparecem, mas se resolvem em questão de segundos, o que atrapalha o desenvolvimento da história pois não há tensão. Simplesmente tudo se resolve fácil demais. Em determinado momento do filme, Mike está um uma rinha de galo à procura do filho do amigo. A polícia faz uma batida e todo mundo sai correndo, menos Mike e o menino que se escondem atrás de umas caixas. Nesse momento, para criar uma tensão se eles vão escapar ou não, um roteiro colocaria uma cena da polícia vasculhando o ambiente, procurando por pessoas escondidas, não é? Não aqui. A polícia aparentemente nem entra para procurar mais nada e Mike e o garoto saem ilesos. O filme é repleto de momentos como esse, o que atrapalham na relação do espectador com os acontecimentos.
Outra coisa que atrapalha muito com que o filme funcione para o espectador é a suspensão de descrença. Clint Eastwood é uma pessoa que todos conhecem, todo mundo sabe que ele já passou dos 90 anos de idade. Isso é perceptível em tela. Ele se move com dificuldade. Mesmo assim, ele faz o papel de Mike que provavelmente deveria ter pelo menos 70 anos. Então ele faz coisas que não condizem com a sua idade. O personagem tem um sex appeal completamente inverossímil e em situações do filme em que não fazem o menor sentido.
Infelizmente Cry Macho poderia ter algo a mais, passar uma lição de acolhimento, redenção e tudo o mais, mas o roteiro falha miseravelmente em alcançar isso. Diálogos ruins, situações anti-climáticas e resoluções fracas contribuem para isso. Clint merecia um fim de carreira mais digno. Uma pena.
Reviews e Análises
O Dublê – Crítica
Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.
O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.
Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.
Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.
Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.
O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.
-
Reviews e Análises2 semanas ago
O Dublê – Crítica
-
Reflix2 semanas ago
Reflix 124 – Xógum: A Gloriosa Saga do Japão – S01E10
-
Notícias2 semanas ago
UEFA Champions League 2024: jogos das semifinais serão transmitidos nos cinemas
-
QueIssoAssim1 semana ago
QueIssoAssim 301 – Futuro do Pretérito (Fallout – A Série)