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Reviews e Análises

3% – Série brasileira da Netflix. Todas as temporadas disponíveis

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A quarta (e última) temporada de “3%”, já está disponível desde 14 de agosto e coloca um ponto final nessa série que foi pioneira, pois foi a primeira série original brasileira produzida pela Netflix. E foi um sucesso, não apenas no Brasil, mas em diversos países… Segundo a informações do streaming, ela é a série de língua não-inglesa mais assistida nos Estados Unidos, além disso, a série tem tido grande audiência em países como Austrália, França, Canadá, Itália, Coréia do Sul, Turquia e Hong Kong. Impressionante, já que a repercussão aqui no Brasil não foi tão boa…

Ouvi muita gente dizer que as atuações estragaram a produção, muita gente nova, inexperiente… Na verdade, o que eu vejo é que a maioria dos atores e atrizes são bastante teatrais, exagerados na performance, porém, como a história e a produção são de qualidade, a gente releva e pensa que tudo faz parte do personagem, da situação pela qual estão passando ou algo assim, uma emoção exacerbada, além do comum… Porém, a série também conta com atores excelentes e mais experientes, participações especiais e alguns novatos que surpreendem. Talvez por assistirem legendado ou dublado em outras línguas, a atuação não interfira tanto no todo e os gringos gostem 100% da nossa 3%.

A história se baseia em uma eterna luta de classes, em que 97% da população é miserável e acredita que há um mundo melhor a ser alcançado, mas só tem a oportunidade de conseguir mudar de vida apenas uma vez, aos 20 anos, por meio de um processo difícil e inescrupuloso, baseado na noção de meritocracia, porém sabemos que nem sempre é assim… não é fácil se tornar parte da elite privilegiada dos poucos 3% que vivem bem. É uma batalha constante contra os demais e contra si mesmo, pela aceitação de ter fracassado.

Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência. A série é bem antenada com os assuntos do momento e consegue traduzir pra trama a realidade de milhões de pessoas que vivem em condições sub-humanas e as instituições “soberanas” nada fazem por elas, simplesmente as abandonam e as julgam merecedoras do sofrimento pelo qual estão passando. É uma série sobre sonhos, crenças, oportunidades, valores, amor, amizade, família, uso da tecnologia, entre outros temas que permeiam a história e nos levam a uma profunda reflexão sem mesmo percebermos.

O diferencial é que os personagens se rebelam contra o sistema e criam um “limbo” entre esses dois mundos: a Concha – uma terceira opção, criada para acolher a todos que não estão de acordo com o status quo – e desejam lutar contra o sistema opressor, manipulador, fomentador de desigualdades e ilusões inatingíveis.

Eu recomendo, ao meu ver é uma obra super bem produzida em todos os aspectos, arte, cenários, figurinos, efeitos gráficos, roteiro, trilha sonora. Por ser futurística, ambientada num universo pós apocalíptico, posso dizer que é uma distopia brasileira, mas que poderia acontecer em qualquer lugar do mundo e até mesmo dentro de poucos anos, o que nos dá um pouco de medo do futuro.

Por ser uma série já concluída (todas as temporadas já completas e disponíveis), acredito que novas produções do mesmo estilo cheguem à plataforma, por esta ter sido uma experiência de sucesso. Dê uma chance aos 3%… ou melhor, aos 97%, que dominam a parada. Nós mesmos não sabemos apreciar o que de melhor temos, quando começarmos a prestigiar, valorizar o audiovisual brasileiro, isso abrirá portas para que novos profissionais da área tenham a chance de trabalhar com a tão sonhada Netflix para produzir conteúdo com o nosso jeito, com a cara do Brasil e mostrar para o mundo quem de verdade somos, então fica a dica! Espero que gostem e comentem o que acharam!

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2 Comments

2 Comments

  1. Simões Neto

    26 de agosto de 2020 at 13:48

    O que me afastou de dar uma chance a série foi a enxurrada de críticas negativas. A premissa também l já foi bastante usada, o que facilita a comparação com outras obras. De qualquer forma, tentarei dar uma chance. Bom texto!

  2. Isabella

    5 de setembro de 2020 at 21:04

    Olá Simões, que bom que gostou do texto e se animou em ver… temos que reconhecer que há falhas na obra, mas também valorizar o que há de bom nela. Produção de alta qualidade e brasileira, você verá que estamos caminhando para um audiovisual cada vez mais preocupado em acompanhar as tendências mundiais, sem deixar de abordar nossas questões locais. Abraços

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Reviews e Análises

O Dublê – Crítica

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Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.

O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.

Ryan Gosling é Colt Seavers em O Dublê, dirigido por David Leitch

Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.

Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.

Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.

O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.

Avaliação: 5 de 5.
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