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Reviews e Análises

Mais que Especiais – Crítica

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Mais Que Especiais (Hors Normes, 2019) é um filme que trata de um assunto complicado e que ainda sofre muito preconceito em nossa sociedade: como lidar com os autistas? O filme conta a história de Bruno (Vincent Cassel) e Malik (Reda Kateb), dois amigos que dedicam a vida a gerir duas instituições na França que cuidam de crianças, adolescentes e jovens adultos com autismo severo. Além das dificuldades do dia-a-dia, Bruno ainda está sendo inspecionado por um órgão do governo, que vai decidir ou não se ele deve funcionar, já que a instituição há 15 anos está na clandestinidade.

O filme se dedica também a contar os dramas vividos não só pelos autistas mas também pelos seus cuidadores. No caso, a empresa dirigida por Malik é responsável por pegar jovens aprendizes e treiná-los como cuidadores. São pessoas sem qualificação, pobres, que não possuem chance em outro lugar e também há o trabalho social de ensinar-lhes um ofício. É claro que esse é um argumento em cheio para mostrar um certo despreparo e encaminhar o tom do roteiro para uma possível tragédia.

O filme é dirigido por Olivier Nakache e Éric Toledano, ambos também responsáveis pelo maravilhoso Intocáveis (Intouchables). Aqui, a direção ganha um tom quase documental, já que muitas performances dos pacientes foram realizadas por atores autistas, em um trabalho de escalação brilhante. Destaque para Benjamin Lesieur que faz o rapaz Joseph, primeiro caso que Bruno aceitou e que está em vias de ser aceito em seu primeiro emprego. O desempenho dele é sensacional.

Com um roteiro carregado no drama, o filme carrega bem todas as suas quase 2 horas, com umas pitadas de comédia e escapismos românticos. Mas é na hora de mostrar as dificuldades enfrentadas pelas pessoas envolvidas na situação é que o filme brilha. A cena em que Bruno explode com os fiscais da auditoria é de partir o coração. No final das contas o filme é uma belíssima lição para todo nós que não conhecemos a realidade do convívio com uma pessoa com autismo e principalmente um aprendizado sobre altruísmo e bondade. Belíssimo.

Avaliação: 3.5 de 5.

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Reviews e Análises

O Dublê – Crítica

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Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.

O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.

Ryan Gosling é Colt Seavers em O Dublê, dirigido por David Leitch

Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.

Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.

Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.

O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.

Avaliação: 5 de 5.
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Burburinho

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