Reviews e Análises
Judas e o Messias Negro – Crítica
Judas e o Messias Negro conta a história de como o FBI, sob o comando de J. Edgar Hoover, infiltrou informantes nos Panteras Negras para desestabilizar e assassinar seus líderes. No filme, o diretor Shaka King mostra de forma crua a realidade do movimento dos Panteras Negras e a ascensão do líder regional e sua traição por um informante infiltrado.
O filme conta com os talentos de Daniel Kaluuya como Fred Hamptom, vice-presidente do Partido dos Panteras Negras e LaKeith Stanfiled no papel de Bill O’Neal, um ladrão de carros que é coagido pelo agente do FBI Roy Mitchel (Jesse Plemons) a se infiltrar no partido.
É um filme forte, que coloca de forma clara como são realizadas as resistências à procura por direitos iguais. Mostra também o quão impotente é a pessoa comum para tentar mudar um sistema criado para mantê-la à sua margem, e a importância dos movimentos culturais na luta pelos direitos.
É um filme com uma mensagem maior que sua duração, que expõe a realidade, sem ter medo de reabrir a ferida e sem passar pano para ninguém.
Reviews e Análises
O Dublê – Crítica
Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.
O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.
Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.
Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.
Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.
O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.
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