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Reviews e Análises

Tár – Crítica

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“Pam pampam paaam… pam pampam paaaaaamm!!” Já diria Beethoven. Mais um filme de Oscar e cheiro de tênis verde. Achei o filme batuta, pra falar de uma maestrina que não gosta de ser chamada assim, mas não se preocupe, mentalmente você vai chamar ela de muita coisa. O que significa que o filme funcionou. Este filme tem um bom ritmo, mas os silêncios em si bemol destroem o espectador mais leigo.

Lydia Tár e Sharon Goodnow, “Tár”, Universal pictures, 2022

Essa obra é dirigido por Todd Field, um cara que sabe muito bem o que está fazendo. Ele dirigiu “Entre quatro paredes” de 2001 e “Pecados íntimos” de 2006. E a direção apresentada aqui faz jus a indicação. Ele não brincou na fotografia, direção dos atores com grandes textos e cenas grandes. Toda a ideia passada pra além apenas do texto rápido e cenas curtas e rasas fazem do filme uma sinfonia sim. O filme é muito sonoro, então tem muitos sons, volumes e entonações diferentes. Mas lembre-se que é filme de Oscar, então tem toda a coisa que precisa ter pra ser indicado e o elemento técnico que ele escolheu brincar foi o som.

O roteiro também saiu das mãos do diretor, e foi tão bom quanto o trabalho de direção. Por ser autoral o domínio acaba sendo maior, mas mostra também muito do amor do diretor. E olha que o texto é carregado de muitos tipos de emoções, e transita hora gradual e fluida como um Tchaikovsky, hora como um rompante dramático como Beethoven. Mas tem isso, o roteiro é todo permeado por referências da música erudita. Então as vezes fica meio chato ouvir tanto nome de compositor e regentes. 

Lydia Tár e Olga Metkina, “Tár”, Universal pictures, 2022

O elenco é um brilho à parte. E realmente fizeram um baita trabalho. vamos começar pela maestrina e personagem principal, Lydia Tár, aqui interpretada por Cate Blanchett (“O Senhor dos Anéis: A sociedade do anel” de 2001 e todas as obras da franquia que seguiram. “Oito mulheres e um segredo” de 2018). Lydia tem como esposa a primeira violinista da orquestra Sharon Goodnow, interpretada por Nina Ross (“A professora de violino” de 2019 e “Contrato perigoso” de 2022), e tem por assistente explorada a Francesca Lentini, interpretada por Noémie Merlant (“As bandeiras de papel” de 2018 e “Mi iubita, meu amor” de 2021). E por fim nesse núcleo principal temos o mais novo affair de Lydia, Olga Metkina, interpretada por Sophie Kauer, que acaba se envolvendo em um momento pesado na vida de Lydia.

Lydia Tár e Orquestra, “Tár”, Universal pictures, 2022

Tudo muito bonito, tudo muito bem, mas sobre o que é essa história. O filme conta a história de Lydia Tár, uma maestrina da Orquestra Sinfônica de Berlim, uma referência no universo da música e da regência. A vida de Lydia começa a mudar quando uma série de escândalos começam a aparecer envolvendo seu nome. Seu caráter é posto à prova e em um meio onde sua vaga é muito cobiçada e disputada, isso piora ainda mais as coisas. O filme mostra a rotina de uma maestrina, a rotina de uma orquestra sinfônica e muitos problemas relacionais. O filme é muito sonoro e traz muita referência a artistas do universo da música erudita, o que pode ser um pouco desanimador para o público leigo, mas vale muito a pena.

Não vou me estender mais porque realmente você precisa viver essa história em um baita som 5.1.

A nota para esse filme é 5 de 5 afinal é um indicado ao Oscar. Mas cá entre nós, reles mortais, vale 4 de 5.

Avaliação: 4 de 5.

O filme estreia dia 26 de Janeiro nos cinemas.

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O Dublê – Crítica

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Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.

O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.

Ryan Gosling é Colt Seavers em O Dublê, dirigido por David Leitch

Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.

Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.

Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.

O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.

Avaliação: 5 de 5.
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