Reviews e Análises
Fita de Cinema Seguinte de Borat – Crítica
Inacreditável define bem a Fita de Cinema Seguinte de Borat (Borat Subsequent Moviefilm: Delivery of Prodigious Bribe to American Regime for Make Benefit Once Glorious Nation of Kazakhstan). O novo filme do personagem Borat, um jornalista da “antes gloriosa nação do Cazaquistão”, traz novamente Sacha Baron Cohen como gostamos de vê-lo: ácido, livre e louco.
Dessa vez, Borat retorna aos Estados Unidos com a missão de fazer o glorioso líder do Cazaquistão ter uma amizade com o líder americano e salvador dos Estados Unidos, Donald Trump. Para isso, o governo do Cazaquistão convence Borat a dar um presente (mais absurdo, impossível) para o vice-presidente americano, Mike Pence. Com a indesejada ajuda de sua filha Tutar (Maria Bakalova), Borat chega a um Estados Unidos em 2020, no meio da pandemia do coronavírus. E vai viver as situações mais escabrosas, inacreditáveis e bizarras possíveis antes de conseguir seu objetivo.
Lançado diretamente no streaming da Amazon, o Prime Video, o filme é uma produção bancada pela própria Amazon, o que pode acabar gerando algum retorno negativo para a empresa por conta do seu conteúdo altamente crítico com a atual política do governo americano. Em diversas situações, Borat e sua filha Tutar se envolvem em situações com pessoas reais em que o papo é tão surreal que parece até que aquilo é armado.
Esse sempre foi o estilo de Sacha Baron Cohen de fazer filmes. Inclusive, ele mostra que teve problemas com isso. Como o primeiro filme fez muito sucesso, quando Cohen estava no meio da rua vestido de Borat ele foi até mesmo perseguido por transeuntes que o reconheceram e quiseram fotos ou autógrafos. Por isso, em grande parte do filme, Borat precisa usar disfarces para se “misturar” ao povo americano. A cena dele disfarçado de Donald Trump no meio de uma convenção do partido republicano é de se temer pela vida do ator.
Os momentos de Borat disfarçado rendem outros momentos hilários como quando ele se veste de cantor caipira e vai apresentar uma música anti-democratas/anti-ciência/anti-imprensa no meio de um ato pró-Trump. O que mais impressiona no filme é como isso foi realizado em meio a uma pandemia. Em determinado momento, Borat vai morar em quarentena com dois eleitores de Trump, o que acaba gerando mais situações de se colocar a mão na cabeça e se perguntar: como?
O filme ainda critica os líderes aliados de Trump, Bolsonaro incluso, e mostra uma entrevista bem inadequada com um final que só não foi trágico por intervenção divina, com o ex-governador de Nova Iorque e advogado de Trump, Rudolph Giuliani.
Além disso, o filme traz um dos finais mais inesperados da história da comédia norte-americana. Fita de Cinema Seguinte de Borat é um chute no saco do conservadorismo, da misoginia, do liberalismo econômico e de quem é contra os direitos humanos. É um grito na cara de quem merece ouvir umas verdades.
Nota 5 de 5.
Reviews e Análises
O Dublê – Crítica
Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.
O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.
Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.
Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.
Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.
O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.
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Valdir Fumene Junior
23 de outubro de 2020 at 15:29
Na hora que você comentou eu fui correndo ver. Que filme maravilhoso. É ácido, é debochado, usa o errado criticar. E o melhor de tudo, faz isso fazendo a gente a rir.
E se tiver alguém incomodado com o filme, que bom que está, sinal que tem muita coisa no mundo bem errada e com você concorda com isso. Borat e sua Tutar já estão em níveis de grandes duplas do cinema.
Fácil, fácil o filme do ano, mesmo se os blockbusters não tivessem suas estreias adiadas.
Abraços