Reviews e Análises
Crítica – Os 7 de Chicago
Os 7 de Chicago (The Trial of The Chicago 7) conta a história real do julgamento pelo qual passaram os réus Tom Hayden, Rennie Davies, Abbie Hoffman, Jerry Rubin, David Dellinger, John Froines e Lee Weiner. Eles foram acusados de incitarem uma revolta em Chicago, em 1968, com o objetivo de tumultuar a convenção do partido Democrata que acontecia na cidade no mesmo dia.
O contexto histórico para poder entender esse começo do filme é fundamental. Os Estados Unidos estavam saindo do governo de Lyndon Johnson e entrando na administração de Richard Nixon. O governo bancava uma guerra contra o Vietnã e milhares de soldados eram convocados todos os meses para irem lutar em um conflito que boa parte da sociedade encarava como desnecessária. Com isso em mente, os acusados, membros de diversos grupos estudantis ou de movimentos sociais de esquerda na época, rumaram para Chicago para protestar pelo fim da guerra. Foi aí que o conflito entre protestantes e polícia começou e os acusados foram presos. No meio dessa bagunça também foi preso o líder dos Panteras Negras, Bobby Seale, que esteve na cidade no mesmo dia do conflito, mas que nem participou do tumulto.
O filme, dirigido e escrito por Aaron Sorkin (diretor de A Grande Jogada), se concentra basicamente no desenrolar do julgamento em si, usando de flashbacks para contextualizar o que aconteceu nos dias que antecederam as prisões e como isso foi usado tanto pela defesa quanto pela promotoria para embasar seus argumentos. O roteiro conduz de forma brilhante toda a narrativa, não deixando o espectador desinteressado um minuto sequer, seja pelas injustiças claras que foram cometidas durante o julgamento, seja pelos momentos cômicos carregados por determinados personagens. O texto também é brilhante ao mostrar o tratamento diferenciado que foi dado ao líder dos Panteras Negras, Bobby Seale (interpretado com vigor por Yahya Abdul-Mateen II), que chegou a ser amarrado e amordaçado em pleno tribunal.
O elenco é um show à parte. Eddie Redmayne e Sacha Baron Cohen ganham protagonismo no papel de dois dos réus que têm o mesmo ideal mas maneiras diferentes de agir. Mark Rylance está maravilhoso como o advogado dos acusados, William Kunstler. Frank Langella desperta ódio como o juiz Julius Hoffman. Os momentos em que ele mostra quem é que manda no tribunal sendo injusto com os réus e justificando isso com a maior cara-de-pau do mundo.
Os 7 de Chicago é um filme sobre um período histórico específico, mas que infelizmente ainda ressoa em nossa sociedade de hoje, em que os homens no poder querem a cada dia mais poder. E a mensagem reverbera mais ainda dentro daqueles grupos que acreditam que é possível viver em uma sociedade mais justa, igualitária e livre. O mundo está assistindo!
Reviews e Análises
O Dublê – Crítica
Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.
O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.
Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.
Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.
Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.
O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.
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