Connect with us

Reviews e Análises

Yesterday – Review por Bruno Lagana

Published

on

Yesterday é uma comédia romântica bobinha, daquelas água-com-açúcar, dignas dos melhores exemplares da Sessão da Tarde dos anos 90. Mas tem dois diferenciais que  colocam o filme em uma categoria acima, merecendo muito mais amor e destaque do que uma simples comédia romântica mereceria. Esses diferenciais são: o amor pela música e os Beatles.

O filme conta a história de Jack Malik (Himesh Patel), um jovem músico que pena de bar em bar para chamar a atenção e tentar alavancar uma possível carreira. Sua empresária e amiga Ellie (Lilly James), faz de tudo o que pode para ajudá-lo, mas o sucesso parece desviar de Jack. Então, em uma noite, um milagre acontece. Um black-out de 15 segundos acontece no mundo todo. Nesse momento, Jack é atropelado por um ônibus. Ao acordar, descobre que a banda mais famosa de todos os tempos, os Beatles, nunca existiram. E somente ele lembra de suas músicas. E decide aproveitar a oportunidade para se apresentar como o criador dessas músicas maravilhosas, alcançando assim o tão almejado sucesso. Com uma sinopse longa assim, parece não ter restado muito para o filme, certo? Pelo contrário. Isso acontece até os trinta primeiros minutos de filme. 


O filme é dirigido por Danny Boyle, responsável por Quem Quer Ser um Milionário (2008), Trainspotting (1996) e 127 horas (2010), entre outros. Versátil e com mão firme, ele não deixa em nenhum momento o ritmo cair e a história ficar desinteressante. O roteiro é de Richard Curtis, dos também precisos Simplesmente Amor (2003) e Questão de Tempo (2013), outros clássicos da comédia romântica bem escrita. Deve-se destacar que o tempo da comédia está perfeito. As risadas ecoam pela sala diversas vezes durante a projeção. Isso se deve muito também ao carisma de Himesh Patel e Lilly James. Os dois fazem um casal perfeito e tem muita sintonia juntos. Além disso, Patel arrebenta nas interpretações musicais. 


A música, inclusive, é fundamental para que o filme funcione. Várias são as referências à história dos Beatles, letras das canções, situações que ocorreram com os membros da banda, pessoas que se influenciaram pelo som deles. O filme é uma carta de amor a John, Paul, George e Ringo. Com ênfase em John. 


É preciso dar destaque para as cenas de Patel com o cantor Ed Sheeran, interpretando a si mesmo, o que deixa o enredo muito mais real. E o trabalho do ator Joel Fry, que interpreta o amigo/roadie Rocky, que tem sempre uma coisa inadequada para dizer. A única que está destoando um pouco é Kate McKinnon que faz a nova empresária de Jack e que optou por uma abordagem histriônica que irrita mais do que deveria. Às vezes, menos teria sido mais.


Se você gosta dos Beatles ou de música, vai se divertir com certeza. Se não gosta dos Beatles e mesmo assim curte uma comédia romântica, vai gostar também. É prato cheio. É daqueles filmes de sair da sala de cinema, cantarolando e com um sorriso no rosto, com a ideia de que a Terra ainda é um bom lugar para se viver e com esperança na humanidade. E, inspirado em Paul McCartney, pode-se chegar à conclusão de que às vezes tudo o que a gente precisa é de uma comédia romântica boba.


“You’d think that people would have had enough of silly love songs

But I look around me and I see it isn’t so

Some people wanna fill the world with silly love songs

And what’s wrong with that?” 

Silly Love Songs – The Wings


Nota 4,5 de 5


Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Reviews e Análises

O Dublê – Crítica

Published

on

Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.

O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.

Ryan Gosling é Colt Seavers em O Dublê, dirigido por David Leitch

Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.

Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.

Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.

O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.

Avaliação: 5 de 5.
Continue Reading

Burburinho

Entretenimento que não acaba! Acompanhe nossos podcasts, vídeos e notícias.
Copyright © 2016-2023 Portal Refil — Todos os direitos reservados.
FullStack Dev: Andreia D'Oliveira. Design: Henrique 'Foca' Iamarino.
Theme by MVP Themes — WordPress.
Política de Privacidade