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Reviews e Análises

Shazam: A Fúria dos Deuses – Crítica

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Entregou tudo que prometeu. Um filme beeeeem galhofa de um super-herói adolescente, e um adolescene em crise. Bobo, piadista, divertido e que não se leva a sério. Nada que ele não tenha entregue no primeiro e prometido agora. Se você vai pra assistir uma coisa séria, você realmente não está fazendo isso certo.

“SHAZAM: Fúria dos Deuses”, DC e Warner Bros, 2023

O filme é dirigido por David F. Sandberg, mesmo de “Annabelle 2: a criação do mal” de 2017 e “Shazam” de 2019. Apesar de alguns CGI acabar vazando uma renderização baixa em alguns momentos, o filme está todo muito bem conduzido. O ritmo das cenas, a condução dos atores, a fotografia, o som. O filme está todo redondinho para o que se propõe e as piadas bem encaixadas. É um diretor experiente ali demonstrou bem o que sabe fazer e inclusive puxar dos atores. 

No roteiro temos as mãos de Henry Gayden (“Shazam” de 2019 e “Tem Alguém na sua casa” de 2021), Chris Morgan (“Velozes e furiosos 8” de 2017 e “Velozes & Furiosos: Hobbs e Shaw” de 2019) e baseado na obra de Bill Parker. Eu ja entreguei, mas vou falar um pouco mais sobre. O roteiro tem muita piada boba, mas vamos lembrar que ele trata de um grupo de adolescentes que ganham poderes. A premissa é interessante e ela entrega tudo que promete ali. Diverte, tem um arco completo e interessante, apresenta personagens de forma bem clara e completa e etc. Inclusive meus parabéns para os subtextos referentes as crises existenciais adolescentes.

“SHAZAM: Fúria dos Deuses”, DC e Warner Bros, 2023

No elenco só pérola selecionada. Os já conhecidos Zachary Levi (“Thor: Ragnarok” de 2017 e “SHAZAM!” de 2019) como SHAZAM, Asher Angel (“SHAZAM!” de 2019) como Billy Batson e Djimon Hounsou (“Diamante de Sangue” de 2006 e “King’s Man: A origem” de 2021) como o Mago SHAZAM. As vilãs desse filme estão por conta de Helen Mirren (“A Rainha” de 2006 e “Red: Aposentados e perigosos” de 2010) como Hespera, Lucy Liu (“As Panteras” de 2000 e “Kill Bill: vol 1” de 2003) como Kalypso e Rachel Zegler (“Amor, Sublime amor” de 2021) como Anthea. Temos também os irmãos de Billy e a Família SHAZAM: Grace Caroline Currey como Mary Bomfield e também a versão Super Mary, Jack Dylan Grazer como Freddy Freeman e Adam Brody como super Freddy, Faithe Herman como Darla Dudley e Meagan Good como Super Darla, Ian Chen como Eugene Choi e Ross Butler como Super Eugene e por fim Jovan Armand como Pedro Pena e D.J. Cotrona como Super Pedro. Ufa! Quanta gente. E sim o elenco está bem bom, segura bem para o que é proposto.

“SHAZAM: Fúria dos Deuses”, DC e Warner Bros, 2023

E sobre o que se trata essa fúria dos deuses? Acontece que as filhas do deus Atlas estão um pouco ressentidinhas desde que o poder de seu pai foi roubado pelo Mago em seu cajado. E planejaram uma vingança e para isso precisam recuperar a semente da vida, que está muito bem escondida. Enquanto isso, a fama da família SHAZAM não anda boa pela cidade. Salvar o mundo não basta, é preciso mais cuidado. A questão é que para recuperar a semente da vida para reconstruir seu mundo, elas vão se meter em altas confusões com esses adolescentes do barulho. No caso, barulho de raio. Para saber mais e se divertir um bom bocado, corra para o cinema.

Essa crítica da 4 de 5 para esse filme. Lembrando que ele é honesto e cumpre o que promete.

Avaliação: 4 de 5.

O filme estreia dia 16 de março nos cinemas.

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A Hora da Estrela – Crítica

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Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.

Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.

O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.

A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.

As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.

“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.

Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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