Reviews e Análises
Os Fabelmans – Crítica
Ahh velho… Esse carinha sabe ganhar nosso coração né. Bendita seja a jornada de Steven Spielberg e aliás, o filme mostra um pouquinho dessa jornada para nós. Um baita filme que mostra a difícil vida de alguém com um coração de artista e o seu sofrimento num mundo “normal”. E é possível sentir quando uma coisa é feita com carinho e cuidado, assim como este filme. Mas vamos lá.
O comandante dessa viagem maravilhosa é ninguém menos que o Senhor Steven Spielberg e sinceramente dispensa apresentação. Se você não sabe quem é, sugiro já jogar no google, puxar a lista e fazer o desafio de um filme por dia e seja feliz pelo próximo mês. E como um diretor premiado e com uma qualidade inquestionável, aqui não deixa a desejar, ainda mais quando vem com tanto coração. Inclusive o filme tem um quê de biográfico e segundo uma entrevista dada, o diretor se emocionou várias vezes no set. Tem qualidade comercial, com técnicas de cinema conceitual. Cenas belas, fotografias emocionantes e uma metalinguagem que amplia o universo das personagens de maneira lindíssima.
O roteiro é de Spielberg junto com Tony Kushner (“Lincoln” de 2012 e “Amor, sublime amor” de 2021). E assim… não existe a menor forma desse roteiro não ter saído redondinho. Tanto a premissa e esqueleto do roteiro, quanto a construção das falas foram todas muito bem construídas e executadas. Não, não tô bajulando. É realmente um bom trabalho de roteiro. E tem uma coisa que a gente sempre fala e aqui vale reforçar: Não cai o ritmo, não tem barriga, e prende seu interesse de forma maravilhosa. E o melhor, sendo um filme leve com problemas que poderiam ser chamados de cotidianos. Mas o simples sendo bem executado encanta demais.
Quem dá vida a essas personas são também atores com peso. Temos aí Michelle Williams (“O rei do show” de 2017 e “Manchester à beira mar” de 2016) como Mitz Fabelman e Paul Dano (“Batman” de 2022 e “Okja” de 2017) como Burt Fabelman, o casal Fabelman em toda a jornada e que trabalho maravilhoso. Temos Seth Rogan (“Vizinhos 2” de 2016 e “Artista do desastre” de 2017) como Bennie Loewy, um amigo da família… Muuuuito amigo mesmo.
Já no núcleo infanto-juvenil temos as Birdie Borria como a Jovem Reggie Fabelman e Julia Butters como a adolescente/jovem. Keeley Karsten como Natalie Fabelman. E por fim Mateo Zoryan como jovem Sammy Fabelman e o Gabriel LaBelle como o jovem Sammy. E esse núcleo faz um trabalho maravilhoso, cativante.
Acho que você já entendeu que o filme é bom, mas vou te contar um pouco mais sobre ele pra poder aumentar a sua vontade de assistir também. Burt é um promissor desenvolvedor de software em uma época onde a coisa está em ascensão e trabalha com seu melhor amigo Bennie. Burt é casado com Mitz, uma excelente pianista que por motivos familiares abandonou sua carreira, e tem quatro filhos. Um deles é Sammy, que descobre um fascínio especial por fazer pequenas filmagens, e isso vai tomando proporções maiores até o rumo do desejo profissional. A família passa por mudança de cidades e com isso se depara com o preconceito por suas origens em um EUA preconceituoso. Sofre com desalinhos familiares não só pela rotina e a presença de quatro adolescentes, mas também com sentimentos conflituosos sobre o querer e o precisar fazer. Mas todo esse desalinho de horizonte tem um porquê: Horizonte alinhado é desinteressante. Não vou falar mais, vá viver a experiência desse filme.
Essa crítica não poderia dar outra senão 5 de 5. Garanto que é realmente uma experiência.
O filme estreia dia de Janeiro nos cinemas.
Reviews e Análises
O Dublê – Crítica
Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.
O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.
Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.
Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.
Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.
O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.
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