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Reviews e Análises

Os 30 anos de Conta Comigo – Parte 2 – Curiosidades

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Como diria aquele apresentador de cavanhaque:

Voltamos amiguinhos, agora com a parte 2 de Os 30 anos de Conta Comigo. Não vou ficar repetindo o que escrevi na parte 1, que pode ser conferida aqui.

Bem, vamos ao que interessa. 

Curiosidades sobre Conta Comigo.

-A Columbia Pictures alterou o título original, “The Body”, para “Stand by Me”. O estúdio não aceitava associar diretamente uma aventura de crianças com um filme chamado “O Corpo”. O nome utilizado é uma homenagem ao clássico homônimo de 1950 interpretado por Bem E. King.

-Em 2012 Corey Feldman participou de uma edição americana de Dancing On Ice (equivalente ao Dança no Gelo no Brasil). Em uma rodada com a temática de trilhas sonoras, Corey se apresentou com som do tema do filme e dedicou sua performance ao amigo River Phoenix.

Feldman e diretor Rob Reiner testaram diferentes tipos de risadas antes de decidirem a ideal para Teddy Duchamp. A escolhida foi apontada como a mais próxima da descrita no conto de King.

Além disso, o rapaz ele é vegetariano. Tomou essa decisão no dia que Spielberg disse para ele que a carne do lanche que ele estava comendo um dia andou. (Já fiz coisas piores Spielberg, só te digo isso).

Os cigarros fumados pelos atores eram feitos de folha de repolho. Isso só foi possível devido à insistência de Reiner, que sempre se declarou antitabagista.

Para o papel de Dreyfuss, vários atores foram testados antes da escolha final, entre eles estavam David Dukes (Entre Deuses e Monstros) e Michael McKean (This is Spinal Tap e Better Call Saul)

Os quatro garotos participaram de vídeo clipes. Wil Wheaton e River Phoenix apareceram no próprio clipe de “Stand by Me” que foi feito especialmente para o filme. Corey aparece em “Goonies R’ Good Enough” de Cyndi Lauper (Goonies dispensa apresentações). Jerry O’ Connell aparece no clipe de “Hartbreaker” da Mariah Carey.

Michael Jackson (eles não ligam para nós) foi escalado originalmente para regravar Stand by Me para o filme. Reiner decidiu utilizar a original, pois acreditava que era refletia fielmente a atmosfera da época da película. 

Na cena do acampamento os garotos não assaram marshmallows, mas bolas de hambúrgueres.

No conto somente Gordie sobrevive, tornando-se um escritor de sucesso. Vern morre em um incêndio e Teddy, sob efeito de álcool e drogas morre em um acidente de carro provocado por ele. Chis tem o mesmo desfecho do filme.

O filme se passa na pequena cidade de Castle Rock no Oregon, em setembro de 59. No conto, a cidade fica localizada no estado do Maine.

Em 87, Rob Reiner fundou sua produtora, que homenageia o filme, a Castle Rock, o nome da cidade onde o filme se passa. Entre algumas produções dela estão:  “O Senhor das Moscas”, “Um Sonho de Liberdade”, “Striptease”, “A Espera de Um Milagre”, “Miss Simpatia”, “Canguru Jack”, “O Expresso Polar” e “Cine Majestic”.

Na cena do trem, o choro dos garotos é real. Os meninos não conseguiam fazê-la de acordo com esperado por Reiner, então o diretor gritou furioso várias vezes para que ficassem nervosos, ao ponto de eles “abrirem o berreiro”.

O filme custou 8 milhões de dólares e lucrou 52 milhões de dólares, ficando em segundo lugar na arrecadação de bilheteria durante um bom tempo naquele ano.

Corey Feldman confessou que durante as folgas das filmagens, pela primeira vez bebeu, fumou maconha e beijou uma menina (ah os hormônios!). O mesmo aconteceu com River Phoenix. Eles tinham respectivamente 14 e 15 anos.

A conversa durante o acampamento noturno era basicamente sobre os personagens famosos da Disney, como Mickey e Pateta.

O nome do garoto pelo qual os 4 amigos procuram pelo corpo é Ray Brower, o nome foi só divulgado depois, no filme ele é tratado somente como “o garoto”.

O corpo de Ray Brower não foi visto pelos quatro garotos até a gravação da cena onde o encontram, a intenção era que a reação deles fosse a mais natural possível.

Kiefer Sutherland, na época tinha 19 anos e estava no começo da carreira. Wil Wheaton pode se gabar que botou Jack Bauer para correr, isso é uma “badge” única na vida.

Perto de um dos locais de filmagem, havia uma feira renascentista e Jerry O´Connel foi até lá. O garoto acabou comprando alguns brinquedos e cookies, coisa que qualquer criança de onze anos faria. O problema é que alguns doces continham maconha e após comê-los, Jerry sumiu. O menino foi encontrado duas horas depois, chorando e sob os efeitos da droga. Essa história só veio à tona após Kiefer tê-la revelado anos depois em uma entrevista.

Na cena de corrida entre Gordie e Chris, Wil teve que correr mais devagar, porém fingindo que estava tentando ser rápido, pois a intenção era que River ganhasse.

E por onde andam nossos incríveis amigos?

O ator Wil Wheaton, 42 anos, após “Conta comigo” foi para a televisão, onde interpretou Wesley Crusher em alguns episódios de “Jornada nas Estrelas: A nova geração”. De lá para cá, Wil se dedicou à dublagem, com participações em desenhos, como “Ben 10” e no jogo “GTA IV”. A mais recente participação na TV foi no seriado “The Big Bang Theory”.

River Phoenix antes de Conta Comigo fez algumas participações em seriados de pouca expressão nos Estados Unidos. Quando o longa terminou, ele foi chamado para uma série de filmes, entre eles “Indiana Jones e a Última Cruzada” e “Um sonho, dois amores”. O ator morreu em 1993, aos 23 anos, devido uma parada cardíaca provocada por uso de cocaína e morfina. River, no entanto, ainda pode ser visto no filme “Dark Blood” (sem título para o Brasil), lançado em 2012. Devido a morte precoce de Phoenix, o longa demorou quase 19 anos para ficar pronto.

Corey, 43 anos, antes de Conta comigo, já era conhecido por atuar em “Gremlins” e em “Sexta-feira 13-Parte 5”. Logo depois do filme, o ator não parou de atuar: “Os garotos perdidos (1987), “Goonies”, a voz de Donatello em “As tartarugas ninjas I e III (1990 e 1993)” e participou esporadicamente de vários seriados e dublagens. Teve problemas com drogas e álcool e passou por mais de uma reabilitação. Ele já se casou duas vezes e tem um filho.

BREAKING NEWS -Editado as 13:45

Nosso amigo agora é cantor, confira a pitoresca apresentação dele no programa Today da rede NBC.

Voltamos a nossa programação normal.

Jerry, 41 anos, foi o que mais mudou no grupo no quesito aparência. “Conta comigo” foi o primeiro filme da carreira do ator. Em seguida, atuou em “Joe e as baratas”, “Jerry Maguire, Pânico 2″, “Os seus, os meus e os nossos”, “Ugly Betty”, “Piranhas 3D”, “Veronica Mars: o filme”.  Atualmente, empresta a voz para a série de TV “Jake e os piratas da Terra do Nunca”. Ele é casado com a modelo e atriz Rebecca Romijn (a primeira Mística dos X-Men) e é pai de gêmeos

Para terminar, segue a chamada do filme feita para a Sessão da Tarde. Excelente!

E aí gostou? Quer ver algum filme revistado por nós, comente aqui em baixo e compartilhe.

Abraços e até o próximo clássico.

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A Hora da Estrela – Crítica

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Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.

Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.

O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.

A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.

As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.

“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.

Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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