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Reviews e Análises

Freaky: No Corpo de um Assassino – Crítica

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Dirigido e co-escrito por Christopher Landon (A Morte Te Dá Parabéns 1 e 2), Freaky: No Corpo de um Assassino mistura terror adolescente com comédia e uma pitadinha de horror. Produzido por Jason Blum, CEO e Fundador da Blumhouse Productions, o filme faz a velha troca de corpos entre um assassino em série (Vince Vaughn) e uma adolescente tímida (Kathryn Newton).

Vince Vaughn está perfeito tanto enquanto assassino em série quanto sendo uma adolescente no corpo de um homem “velho e fedorento”. O ator conduz a plateia por um texto cheio de piadas bem boladas, tensão, sustos e carnificina. Ver um homem de 1,96m de altura correr como uma adolescente que não gosta de esportes já vale o ingresso, e o ator mostra seu alcance cômico e dramático no filme. Kathryn Newton (Detetive Pikachu) faz muito bem o papel de adolescente tímida, mas a atuação tende a ficar meio robótica quando “veste a alma” do assassino. Não sei se foi opção do diretor/roteiro ou a atriz chegando ao seu limite. O elenco de apoio conta com Nyla (Celeste O’Connor) e Josh Detmer (Misha Osherovich) que ajudam muito nas piadas e tiradas sacaneando os excessos do politicamente correto nos dias de hoje.

O filme começa como um belo filme de terror, com assassinatos logo de cara e desenvolve em uma comédia com terror digna da produtora. Algumas cenas até remetem aos games da série Mortal Kombat de tão sangrentas, o que valeu o horror na descrição. Clichês não deixam de pontuar o roteiro aqui e ali, mas não são tão ruins como poderiam. Assusta, diverte e entretém.

Avaliação: 3.5 de 5.
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A Hora da Estrela – Crítica

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Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.

Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.

O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.

A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.

As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.

“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.

Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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Burburinho

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