Reviews e Análises
Freaky: No Corpo de um Assassino – Crítica
Dirigido e co-escrito por Christopher Landon (A Morte Te Dá Parabéns 1 e 2), Freaky: No Corpo de um Assassino mistura terror adolescente com comédia e uma pitadinha de horror. Produzido por Jason Blum, CEO e Fundador da Blumhouse Productions, o filme faz a velha troca de corpos entre um assassino em série (Vince Vaughn) e uma adolescente tímida (Kathryn Newton).
Vince Vaughn está perfeito tanto enquanto assassino em série quanto sendo uma adolescente no corpo de um homem “velho e fedorento”. O ator conduz a plateia por um texto cheio de piadas bem boladas, tensão, sustos e carnificina. Ver um homem de 1,96m de altura correr como uma adolescente que não gosta de esportes já vale o ingresso, e o ator mostra seu alcance cômico e dramático no filme. Kathryn Newton (Detetive Pikachu) faz muito bem o papel de adolescente tímida, mas a atuação tende a ficar meio robótica quando “veste a alma” do assassino. Não sei se foi opção do diretor/roteiro ou a atriz chegando ao seu limite. O elenco de apoio conta com Nyla (Celeste O’Connor) e Josh Detmer (Misha Osherovich) que ajudam muito nas piadas e tiradas sacaneando os excessos do politicamente correto nos dias de hoje.
O filme começa como um belo filme de terror, com assassinatos logo de cara e desenvolve em uma comédia com terror digna da produtora. Algumas cenas até remetem aos games da série Mortal Kombat de tão sangrentas, o que valeu o horror na descrição. Clichês não deixam de pontuar o roteiro aqui e ali, mas não são tão ruins como poderiam. Assusta, diverte e entretém.
Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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