Reviews e Análises
Trolls 2 – Critica
Em Trolls 2, Poppy e seus amigos descobrem que existem outros reinos, cada um com um gênero musical diferente. E Barbie, a rainha do rock, está querendo conquistar os demais para unificar todos os trolls sob o domínio do rock.
Seguindo o primeiro filme, Trolls 2 é um filme fofo com um visual de cair o queixo. Feito para o público infantil, ele toca em temas muito importantes como a diversidade e a aceitação das diferenças e das opiniões diferentes dos outros. E faz isso de uma forma leve e muito divertida.
Com uma bela dublagem brasileira, honrada nos créditos com os nomes dos dubladores nacionais e não os originais em inglês, o filme diverte tanto os pais quanto os filhos. Jullie e Hugo Bonemer encarnam novamente as personagens principais Poppy – a líder dos Trolls – e Tronco seu melhor amigo que está apaixonado por ela.
Com uma hora e meia de duração, o público nem vê o tempo passar. O filme não possui partes desnecessárias nem sofre de problemas de perder o tempo. As músicas, que permeiam o filme inteiro, foram dubladas em parte e em outros momentos foram mantidas no original com legendas, o que pode atrapalhar o entendimento dos menores, mas sem deixar de perder o conteúdo.
A única coisa que não gostei foi do rock ser o vilão do filme, mas alguém teria que ser, e a fama de bad boy persiste até hoje.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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