Reviews e Análises
Trolls 2 – Critica
Em Trolls 2, Poppy e seus amigos descobrem que existem outros reinos, cada um com um gênero musical diferente. E Barbie, a rainha do rock, está querendo conquistar os demais para unificar todos os trolls sob o domínio do rock.
Seguindo o primeiro filme, Trolls 2 é um filme fofo com um visual de cair o queixo. Feito para o público infantil, ele toca em temas muito importantes como a diversidade e a aceitação das diferenças e das opiniões diferentes dos outros. E faz isso de uma forma leve e muito divertida.
Com uma bela dublagem brasileira, honrada nos créditos com os nomes dos dubladores nacionais e não os originais em inglês, o filme diverte tanto os pais quanto os filhos. Jullie e Hugo Bonemer encarnam novamente as personagens principais Poppy – a líder dos Trolls – e Tronco seu melhor amigo que está apaixonado por ela.
Com uma hora e meia de duração, o público nem vê o tempo passar. O filme não possui partes desnecessárias nem sofre de problemas de perder o tempo. As músicas, que permeiam o filme inteiro, foram dubladas em parte e em outros momentos foram mantidas no original com legendas, o que pode atrapalhar o entendimento dos menores, mas sem deixar de perder o conteúdo.
A única coisa que não gostei foi do rock ser o vilão do filme, mas alguém teria que ser, e a fama de bad boy persiste até hoje.
Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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