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Reviews e Análises

Review: Todos os Paulos do Mundo

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Contar a trajetória pessoal e profissional de um dos maiores atores que o Brasil já viu: Paulo José. Essa é a missão do documentário Todos os Paulos do Mundo, de Gustavo Ribeiro e Rodrigo de Oliveira. Mas ao invés dos dois optarem pelo formato tradicional de um documentário, com entrevistas entrecortadas por cenas de bastidores ou de filmes protagonizados por Paulo, o filme prefere ousar. E nesse ponto, torna-se uma obra artística mais única, mas que pode desagradar ao espectador comum que procurava algo mais direto.

O documentário não se limita a seguir a trajetória passo-a-passo de Paulo José, mesmo que  o devido destaque para os momentos mais importantes de sua carreira seja dado, como a exibição de trechos de vários de seus filmes marcantes (O Padre e a Moça, Macunaíma, Todas as Mulheres do Mundo, entre outros).

Ao optar por utilizar personalidades importantes na carreira e vida de Paulo, como Fernanda Montenegro, Fernando Migliaccio, Milton Gonçalves e Selton Mello, para recitar textos reflexivos escritos pelo próprio ator, o filme inverte o gênero do documentário sobre um objeto de admiração, inserindo-o na auto-homenagem. Poderia soar pedante ou soberbo, mas não é o caso. Até porque o texto não é de exaltação, mas de auto-avaliação.


O texto de Paulo relembra fatos marcantes como a saída da casa dos pais, o teatro de arena, os amores (casamento com Dina Sfat ganha particular atenção), problemas com a ditadura e o temível AI-5, o cinema autoral e a conviência com o Mal de Parkinson, diagnosticado em meados dos anos 90.

A montagem do documentário é criativa e segue a ousadia do conceito do filme, utilizando de vários trechos de filmes protagonizados por Paulo José para ajudar a contar a trajetória do ator e a organização de seus pensamentos, através dos diálogos dos próprios personagens nas diversas obras. Também foram utilizadas cenas de bastidores de televisão e entrevistas que ajudam a entender a grandiosidade desse homem, tão humano e tão talentoso.

É um filme honesto, criativo, mas que serve principalmente aos fãs de Paulo José. É uma bela homenagem a um ícone da arte brasileira.


Nota 4 de 5

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Reviews e Análises

O Dublê – Crítica

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Estrelado por Ryan Gosling e Emily Blunt, O Dublê é uma comédia romântica pra macho. Sério, por ser a história de um dublê (Gosling) tentando reconquistar sua paixão, uma diretora em seu filme de estréia (Blunt), ele é repleto de cenas de ação e agrada a todos.

O filme circula a personagem Colt Stevens (Gosling) que é resgatado ao cargo de dublê e se mete em altas aventuras para resgatar Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) que se meteu com uma turminha da pesada. E sim, essa descrição sessão da tarde define muito bem o filme: diversão garantida pro casal.

Ryan Gosling é Colt Seavers em O Dublê, dirigido por David Leitch

Dirigido por David Leitch (Trem Bala, Atômica) o filme já vem com um pedigree de filmes de ação de qualidade e é repleto de easter eggs para as séries de dublê dos anos 80 e 90. Fique atento para a trilha e efeitos sonoros! O roteiro é bem fechadinho, e encaixa bem cenas emotivas com perseguição de carro, explosões e até cachorros treinados.

Ryan Gosling carrega o filme nas costas (com uma grande ajuda da equipe de dublês), mas isso não ofusca as boas atuações do resto do elenco que em alguns lugares roubam merecidamente a cena. Emily Blunt dá a vida ao par romântico de Colt Stevens, Judy Moreno, e eleva o filme com uma personagem que todos amam já de início.

Hannah Waddingham como Gail Meyer está quase irreconhecível e entrega uma produtora de Hollywood fantástica. Já Tom Ryder é rapidamente odiado pela maravilhosa atuação de Aaron Taylor-Johnson. Não posso deixar de falar de Winston Duke (Pantera Negra, Nós) no papel de Dan Tucker que – além de distribuir bolachas – é um ótimo alívio cômico.

O Dublê é uma comédia romântica repleta de ação que vai agradar a todos os casais. Um filme divertido, leve, engraçado e emocionante na medida certa.

Avaliação: 5 de 5.
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Burburinho

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