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Reviews e Análises

Os 30 anos de: Riggs! Ô Riggs! Riggssss!

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 ̶   Você já conheceu um cara sem matá-lo?

 ̶   Eu ainda não matei você!

É com essa frase que abrimos a temporada 2017 de Os 30 Anos.

Na década de 80 Os filmes policiais os filmes de tiras lotavam salas de cinema. E quando um gênero fazia suce$$o, Hollywood sabia como ninguém encher as telinhas e telonas com vários produtos. Havia Um Tira da Pesada, Desejo de Matar e na tv tínhamos Starsky and Hutch e Miami Vice, só para citar alguns.

Além desses sucessos, um subgênero ganhava as telonas com 48 Horas, esse filme deu início ao que conhecemos hoje por “Buddy-Cop”, Parceiros Policiais em português. Entretanto, o primeiro grande sucesso, aquele que definiu o que é filme de dois tiras se metendo em altas aventuras é conhecido por Lethal Weapon, ou como diria Dirceu Rabelo: Máquina Mortífera.

Produzido pela Warner Bros, escrito por Shane Black e dirigido por Richard Donner, Máquina Mortífera foi lançado em 06 de março de 1987 com um orçamento de 15 milhões de Regans.

Antes de continuar, preciso falar rapidamente sobre quem são Shane Black e Richard Donner na fila do pão.

Black é roteirista da quadrilogia Máquina Mortífera e tem outros sucessos no currículo como Deu a Louca nos Monstros, Robocop 3 e Iron Man 3. Eu disse sucessos, não disse sinônimos de alta qualidade.

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Donner  ̶  respect  ̶  é diretor e produtor de sucesso em Hollywood. Ele só dirigiu isso aqui: Os Goonies, os 4 Máquina Mortíferas, Maverick, Surperman 1 e 2, 16 Quadras, Feitiço de Áquila, Radio Flyer e as séries Kojac e Agente 86. Como produtor, emplacou: Os filmes solo do Wolverine lixos, Contos da Cripta, Garotos Perdidos, Free Willy e está produzindo Os Goonies 2.

Máquina Mortífera conta a história de dois tiras, Roger Murtaugh e Martin Riggs. Murtaugh feito brilhantemente por Danny Glover (A Cor Púrpura e Rebobine, por favor) é um detetive da divisão de homicídios de Los Angeles e que não vê a hora de se aposentar. Com 50 anos, é pai de dois filhos adolescentes e está naquela fase de “o que eu quero, é sossego”.

Riggs, também brilhantemente interpretado e temperado com uma canastrice ímpar por Mel Gibson (Mad Max e Coração Valente), é um policial alcoólatra que mora em um trailer imundo junto com seu cachorro. Depressivo devido o falecimento precoce da esposa, é um suicida em potencial e trabalha para a divisão de narcóticos.

Os dois se conhecem após Riggs ser transferido para a divisão de Roger e passam a formar uma dupla que investiga um suicídio. Este crime acaba revelando uma trama de uma série de assassinatos envolvendo uma quadrilha de traficantes de drogas comandada por um grupo de mercenários formado por ex-membros da CIA que lutaram no Vietnã.

No começo, a relação dos dois é bem tempestuosa, principalmente por causa da impulsividade de Riggs que sempre procura métodos nada ortodoxos para resolver as situações e também pela obsessão em querer arriscar a sua vida, já que a morte é uma das saídas para dor que sente. Esse ponto assusta Murtaugh ao ponto de temer pela vida do parceiro e pela própria vida.

A investigação vai se complicando ao ponto de Riggs sofrer um atentado a bomba e Murtaugh ter sua filha sequestrada pela milícia. Todas essas aventuras, somadas aos excelentes diálogos entre os dois levam a relação de um confronto iminente, para uma amizade de irmãos. Esse é ponto chave do sucesso do filme, o bom desenvolvimento das personagens principais e a sinergia entre elas, mesmo sendo tão diferentes.

O filme é cheio de cenas de ação, algumas com interpretações sensacionais (toscas). Recomendo prestarem atenção a cena da morte de traficantes no caminhão de árvores no início do filme. Outro destaque, é a cena do suicídio no alto do prédio, Riggs tenta salvar um suicida de lograr sucesso da maneira mais absurda possível, se algemando ao rapaz e saltando do alto de um prédio.

Vale destacar principalmente outra característica que viria a ser marca registrada dos filmes. Falo das cenas em que eles tentam como policiais normais, de acordo com o que se espera, mas nunca conseguem, resultando em acidentes, explosões e gente ferida, incluindo eles mesmos.

Um exemplo é a cena final do filme, Riggs entra no melhor estilo luta franca e sai na porrada com um dos vilões do filme, Joshua (feito por Gary Busey, que merda de vilão se chama Joshua?). Martin encerra o confronto finalizando-o com uma chave no melhor estilo jiu-jítsu. Mas como bandido mau, tem que ser mais mau que o Pica-Pau, Joshua acaba reagindo e tenta balear Riggs,. Os dois parceiros são mais rápidos e acabam despachando o bandido de vez.

O filme foi um sucesso, principalmente pela química dos dois protagonistas, Glover e Gibson se mostraram verdadeiros parceiros, o que aos ouvidos de quem não conhece a história, parecia algo improvável.

Onde um negro de meia idade, pai dedicado, se juntaria a um maluco de mullets, maníaco depressivo e alcoólatra, formando uma das parceiras mais famosas dos filmes de ação?

Curiosidades

– Glover e Gibson realmente viraram amigos, apesar dos surtos mais recentes de Gibson, os dois são grandes amigos até hoje.

– O filme rendeu mais 3 sequências (aguardem), sendo que o primeiro faturou mais de 120 milhões de Regans.

– O cachorro de Riggs tem um nome, Sam. Foi o primeiro e único papel de Sam em Hollywood.

– Em uma eleição americana  ̶  Quem pensou nisso?  ̶  elegeu o cabelo de Riggs como um dos 10 melhores mullets do cinema.

– Antes de Donner aceitar dirigir o filme, vários diretores foram convidados, entre eles Leonard Nimoy, que rejeitou por ser um filme muito violento. Nimoy acabou dirigindo outro filme que completa 30 anos em 2017, 3 Solteirões e Um Bebê.

– A direção da cena da tentativa de suicídio de Riggs, em que ele enfia um revolver na boca, mas hesita, foi creditada à Franco Zeffirelli. Na verdade, foi um acordo para que Mel Gibson depois viesse a atuar em Hamlet, filme de diretor que tinha Glenn Close no elenco principal.

– Riggs era para morrer no primeiro filme, a ideia foi descartada. Mesmo assim, Donner ainda tentou matar nosso tira na continuação de Máquina Mortífera. Bem, vocês sabem que também não deu certo.

– Shane Black faz uma pequena aparição em O Predador, ele interpreta Hawkins, o soldado que tenta, durante o filme todo, fazer o nativo americano rir.

– Na quadrilogia, o maior número de mortes é da parte 2, com 33 óbitos.

– Donner ainda queria um quinto filme, com Riggs, Murtaugh e sua família fazendo uma viagem de motor home. Que ideia é essa meu filho?

– Na cena em que Murtaugh explica a Riggs como Hunsaker, (banqueiro que serve faixada para os traficantes) o salvou na guerra do Vietnã, há um cinema de fundo com um anúncio de um filme chamado Garotos Perdidos (Lost Boys). Detalhe, na época o filme de adolescentes vampirescos ainda não tinha sido produzido por Richard.

– Black produz e é um dos roteiristas da série de tv que recria a história dos dois tiras, porém ambientada nos dias atuais. Considerada um sucesso, Máquina Mortífera – A série, já tem a segunda temporada engatilhada.

Por Onde Anda

Danny Glover


Atualmente Glover vem fazendo participações em seriados e em produções para a televisão americana. Além disso, o ator é um atuante ativista social e pode ser visto ano passado visitando a tragédia de Mariana e projetos sociais em Salvador. Em 2018 ele estará em mais uma sequência de Corrida Mortal.

Mel Gibson

Após surtar, bater na ex-esposa, xingar judeus e arrumar confusão com Deus, o mundo e mais uns caras (merdeiro), Gibson voltou a atuar, ele pode ser visto em Os Mercenários 3, Machete Mata, Herança de Sangue e está filmando The Professor and the Madman.

Gary Busey



Joshua, o palmito (ele parece um palmito), depois de Máquina Mortífera, apareceu em Predador 2 e Caçadores de Emoção, a aparição mais recente dele é Sharknado 4: Oh No!

E aí curtiram? Comente, sugira um filme para aparecer esse ano aqui nos Os 30 Anos.

Abraços e até a próxima

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Reviews e Análises

Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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