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Reviews e Análises

O Pior Vizinho do Mundo – Crítica

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Tenha dó, Tom Hanks. Se não sabe brincar, não brinca. Que baita filme e garanto que vai pra lista de melhores do ano. E você não vai se arrepender de assistir, mas leve um lencinho, afinal.. Tá de mexer com suas emoções, seja pra chorar, seja pra rir. E vale a pena lembrar que é baseado em um livro homônimo, e que foi considerado como um possível ganhador se existisse um prêmio de livro mais cativante. 

“O Pior vizinho do mundo”, Sony Pictures, 2023

O filme tem como condutor geral o diretor Marc Foster, que já dirigiu “O caçador de pipas” de 2007 e “Christopher Robin: Um reencontro inesquecível” de 2018. E, apesar de ter algumas pedras no caminho, mostra que é diretor de boas coisas. E aqui não decepciona nada. Aliás, cada semiótica, a trilha, a iluminação, o ritmo, a escolha das cenas… olha. O diretor toma sua emoção de assalto e balança você pra todos os lados. Até chorar e rir ao mesmo tempo.

Já roteiro não é de se esperar que seja excelente, afinal Fredrik Beckman, apesar de não ser famoso, já escreveu outras produções que deram muito certo, e Hannes Holm tem tem uma jornada semelhante com mais de 10 produções em sua trajetória. O trabalho feito é bonito, limpo e muito cativante. As falas simples, cotidianas, um argumento simples, e um final surpreendente. Nem sem como eu vou elogiar mais. Sério.

“O Pior vizinho do mundo”, Sony Pictures, 2023

E se até agora nada foi decepcionante, no elenco a coisa só se mantém em alto nível. Bom, temos Tom Hanks (“The Post: a guerra secreta” de 2017 e “Elvis” de 2022) como o vizinho rabugento Otto. Mariana Treviño (“Perfectos desconocidos” de 2018 e “Los Rodrigues y el más allá” de 2019) como Marisol, uma vizinha recem chegada da cidade do méxico com seu marido. Temos Rachel Keller (“Sombra Lunar” de 2019 e “Butcher’s Crossing” de 2022) que interpreta a falecida esposa de Otto. E seguimos com outros como Mack Bayda, Cameron Britton, Juanita Jennings, Peter Lawson Jones e etc. E na boa, cada cena é um deleite com o trabalho de cada.

“O Pior vizinho do mundo”, Sony Pictures, 2023

Mas vamos ao que importa. Essa é a história do vizinho querido O-T-T-O. Começa já mostrando a aposentadoria dele e então somos levados a perceber seu toque, sua relação com os vizinhos e seus incômodos pela falta de modos de alguns. Somos, então, conduzidos a ver cada passo de uma ação planejada por ele, que na sua tentativa é interrompida pela chegada de um novo casal vizinho, no condomínio. Otto é um vizinho ranzinza e descobrimos que tem a ver com a morte de sua esposa e aí… ahhh, vou falar não. Você vai ter que ir assistir e se emocionar junto comigo.

O filme não merece menos do que 5 de 5. com louvor.

Avaliação: 5 de 5.

“O pior vizinho do mundo” estreia dia 26 de janeiro, nos cinemas.

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Lispectorante – Crítica

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Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.

Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.

Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.

A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!

Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.

Avaliação: 3 de 5.
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Burburinho

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