Reviews e Análises
Mulher Maravilha 1984 – Crítica
Centrado no preço que é cobrado de nós para alcançarmos os nossos desejos, Mulher Maravilha 1984 é um espetáculo de efeitos especiais. Patty Jenkings está de volta na direção do longa-metragem que traz de volta Gal Gadot no papel de Diana Prince/Mulher Maravilha e Chris Pine como seu par romântico, Steve Trevor. Kristen Wiig traz para as telonas Barbara Minerva, a Mulher Leopardo, e ela se mantém longe dos seus trejeitos espalhafatosos do Saturday Night Live e entrega uma vilã bastante crível (para um filme de herói). Pedro Pascal tira a armadura de beskar do Mandaloriano de Star Wars para interpretar Maxwell Lord, em uma versão bem distanciada do material original.
A história tenta contar muita coisa de uma só vez e tende a se perder aqui e ali, começando com memórias da infância da Diana que, apesar de muito bem executadas, não agregam muito para a trama geral. Em vários momentos o filme espelha o primeiro, invertendo o papel de Diana e Steve o que novamente acaba se estendendo demais em cenas que pouco agregam à história principal. Mas o filme entretém e, quando acerta, até emociona o público. Hans Zimmer também está de volta compondo a trilha sonora que, junto dos efeitos, ajuda a deixar a audiência vidrada na ação na tela. Uma pedida razoável de blockbuster para um ano tão pobre em opções.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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João Marcos Silva Bastos
28 de dezembro de 2020 at 15:47
3 estrelas é demais pra esse filme, talvez meia estrela fosse mais adequado, sem dúvidas o pior blockbuster de 2020. Não merece nem um podcast próprio, baconzintos foi generoso demais aqui, não sei se para manter a parceria do site com a Warner.