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Reviews e Análises

Benedetta – Crítica

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O mais recente filme de Paul Verhoeven (Robocop, Instinto Selvagem, entre outros) é mais um exemplo do tipo de filme que esse diretor holandês gosta de fazer: polêmico, sexual, violento. Assim como em todas as suas obras anteriores, o filme parte de uma premissa simples para depois ser desenvolvido um espectro maior de crítica, deboche e luxúria. E tem o objetivo de, principalmente, nunca se levar a sério demais.

O filme conta a história real de Benedetta Carlini, uma freira que viveu em um convento em Pescia, Itália, no século XVII. Baseado no livro Atos Impuros: A Vida de Uma Freira Lésbica na Itália da Renascença, de Judith Brown, o filme se aproveita de todos os temas polêmicos que poderiam envolver a história e exarcerba eles para chamar atenção. Então vai ter romance proibido entre duas mulheres, muita nudez, sexo com imagem da santa Virgem Maria transformado em consolo, sonhos libertinosos com Jesus crucificado, um emissário Papal com esposa grávida, ganância religiosa, peste negra, sinais divinos duvidosos, entre outros milhares de gatilhos para chocar as tias e tios do zap.

Mas se você assistir ao filme conhecendo o diretor, sabe que tudo ali não passa de zoação de Verhoeven. É feito com o intuito de contar uma piada. O CGI horrível de cobras demoníacas, Jesus cavaleiro com espada em punho, o próprio consolo, tudo é uma grande anedota para a própria diversão desse holandês maluco que faz esse tipo de ironia desde sempre. Mas mesmo depois de tirar sarro de tudo isso, ainda sobram do filme as excelentes atuações de Virginie Efira, Charlotte Rampling e Lambert Wilson.

O roteiro também consegue prender o espectador que tenta acompanhar tudo aquilo que acontece e determinar se tudo não passa de invencionice da tal Benedetta ou se há algo mais ali. Mas tenha certeza de que não é Verhoeven quem vai responder isso para o espectador.

Avaliação: 4 de 5.
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Reviews e Análises

Mickey 17 – Crítica

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Mickey 17 é o filme mais recente de Bong Joon Ho (Parasita 2019) que desta vez nos traz uma ficção científica onde a clonagem (ou seria replicação?) de seres humanos existe. Nesse universo Robert Pattinson é Mickey Barnes, um dispensável – um funcionário descartável – em uma expedição para o mundo gelado de Nilfheim.

Mickey é recriado após cada missão extremamente perigosa que normalmente acaba em sua morte. O filme segue a décima sétima versão de Mickey que também é o narrador de como ele foi parar nessa roubada. E conta como as 16 vidas passadas foram muito úteis para a sobrevivência do restante da tripulação e passageiros da nave. Tudo ocorre muito bem até que, ao chegar de uma missão Mickey 17 se deita em sua cama e Mickey 18 levanta ao seu lado.

No elenco temos Steven Yeun (Invencível) como Timo, o melhor amigo de Mickey. Naomi Ackie (Pisque duas Vezes) como sua namorada Nasha e Mark Ruffalo (Vingadores) como Kenneth Marshal o capitão da nave.

O roteiro do filme foi adaptado do romance Mickey7 de Edward Ashton e foi anunciado antes mesmo da publicação da obra. Ele é cheio de críticas sociais, algo muito comum nos trabalhos de Bong Joon Ho, que usa a nave, sua tripulação e seus passageiros como um recorte da sociedade. Com um seleto grupo cheio de regalias enquanto a massa tem que contar minunciosamente as calorias ingeridas, pessoas com trabalhos simples e outras literalmente morrendo de trabalhar em escala 7×0.

Robert Pattinson quase carrega o filme nas costas, mas Mark Ruffalo também dá um show de interpretação junto de Toni Collette. Infelizmente Steven Yeun não se destaca muito e fica dentro da sua zona de conforto, mas não sabemos se o papel foi escrito especificamente pra ele. O elenco entrega muito bem as cenas cômicas e também as dramáticas, o que não te faz sentir as mais de duas horas de filme passarem.

Mickey 17 é um filme de ficção com um pé bem plantado na realidade que te diverte do início ao fim.

Avaliação: 4.5 de 5.
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Burburinho

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