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Reviews e Análises

Alerta Vermelho – Crítica

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Alerta Vermelho é a bobagem mais divertida de 2021. O filme conta a história de John Hartley (Dwayne Johnson), um agente do FBI que, com a ajuda da Interpol captura um dos maiores ladrões de arte do mundo, Nolan Booth (Ryan Reynolds). Hartley quer que Booth o ajude a encontrar a ladra Bispo (Gal Gadot), enquanto há uma corrida por reunir os três ovos de ouro que Cleópatra teria ganhado de Marco Antônio. O filme é dirigido por Rawson Marshall Thurber de Família do Bagulho e Um Espião e Meio.

A história do filme é simplesmente a maior sucessão de clichês de filmes de roubo/ação/comédia/aventura. Sim, é difícil encaixar esse filme em um gênero só, pois ele é tudo ao mesmo tempo. As cenas de ação são muito bem filmadas, as montagens envolvendo os roubos também. A comédia fica por conta de Ryan Reynolds, que, apesar de estar fazendo ele mesmo como sempre, dessa vez tinha um bom texto e seus improvisos casaram bem. A cena que ele zoa a careca do Dwayne Johnson é de rolar de rir. Por falar em Dwayne, ele cumpre bem o seu papel de sempre. E Gal Gadot, sempre lindíssima, continua uma péssima atriz.

Voltando ao roteiro, tudo é muito conveniente e dá para se contar as vezes em que há um plot twist previsível. Não há surpresa alguma pois o ponto de virada é coreografado para quem já assistiu a milhares de filmes de todos esses gêneros. Mas, por incrível que pareça, tudo funciona super bem. Não sei como. O que interessa é que, para poder curtir Alerta Vermelho, é importantíssimo desligar o cérebro. Só vai funcionar se for assim. Então assim é um filme horroroso, mas divertidíssimo. Confuso né? Pois é isso.

Avaliação: 3 de 5.

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A Hora da Estrela – Crítica

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Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.

Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.

O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.

A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.

As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.

“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.

Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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Burburinho

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