Reviews e Análises
A Médium – Crítica

Com pinta de documentário, A Médium conta a história de Nim (Sawanee Utoomma), uma respeitada líder espiritual em uma pequena cidade na Tailândia. Aos poucos vamos descobrindo que ela recebe o espírito de uma divindade, e usa seu dom para curar as pessoas e proteger o vilarejo. A coisa começa a degringolar quando a divindade escolhe quem será sua receptora, mesmo que a pessoa não queira, e que as mulheres da família de Nim são sempre as escolhidas, passando a tradição de geração para geração. O problema é que quando chega a vez da irmã de Nim, ela recusa o chamado, que acaba passando para a sua filha Mink (Narilya Gulmongkolpech).
Só que ao invés de ser possuída pelo espírito bonzinho, Mink começa a receber um espírito maligno e a atormentar toda a família. E cabe à Nim preparar um ritual para expulsar esse outro ser de dentro de Mink. Tudo isso documentado por três ou quatro câmeras de alta qualidade, com visão noturna e o escambau.
No espírito dos filmes de terror de “found footage”, A Médium constrói a sua história tentando emular uma realidade, mas escorregando na verossimilhança quando resolve mostrar tudo. Apesar da competente direção de Banjong Pisanthanakun, o filme precisa que o espectador acredite que aquilo está acontecendo de verdade para funcionar. Só que para os olhos treinados a assistir documentários, logo no começo tudo soa muito falso. Os diálogos parecem ensaiados demais, os acontecimentos são muito convenientes e todo o mistério se perde quando o terror passa a ser mais gore e visual do que psicológico.
As atuações são caricatas quando não deveriam ser, o desespero dos personagens não parece real. E os acontecimentos que deveriam permanecer escondidos são escancarados ao público, levando ao óbvio e já esperado “jump scare”. Às vezes, menos é mais. Não mostrar e só inferir pode assustar mais do que simplesmente entregar de bandeja uma pessoa sendo atacada por um monstro.
Reviews e Análises
Mickey 17 – Crítica

Mickey 17 é o filme mais recente de Bong Joon Ho (Parasita 2019) que desta vez nos traz uma ficção científica onde a clonagem (ou seria replicação?) de seres humanos existe. Nesse universo Robert Pattinson é Mickey Barnes, um dispensável – um funcionário descartável – em uma expedição para o mundo gelado de Nilfheim.
Mickey é recriado após cada missão extremamente perigosa que normalmente acaba em sua morte. O filme segue a décima sétima versão de Mickey que também é o narrador de como ele foi parar nessa roubada. E conta como as 16 vidas passadas foram muito úteis para a sobrevivência do restante da tripulação e passageiros da nave. Tudo ocorre muito bem até que, ao chegar de uma missão Mickey 17 se deita em sua cama e Mickey 18 levanta ao seu lado.
No elenco temos Steven Yeun (Invencível) como Timo, o melhor amigo de Mickey. Naomi Ackie (Pisque duas Vezes) como sua namorada Nasha e Mark Ruffalo (Vingadores) como Kenneth Marshal o capitão da nave.
O roteiro do filme foi adaptado do romance Mickey7 de Edward Ashton e foi anunciado antes mesmo da publicação da obra. Ele é cheio de críticas sociais, algo muito comum nos trabalhos de Bong Joon Ho, que usa a nave, sua tripulação e seus passageiros como um recorte da sociedade. Com um seleto grupo cheio de regalias enquanto a massa tem que contar minunciosamente as calorias ingeridas, pessoas com trabalhos simples e outras literalmente morrendo de trabalhar em escala 7×0.
Robert Pattinson quase carrega o filme nas costas, mas Mark Ruffalo também dá um show de interpretação junto de Toni Collette. Infelizmente Steven Yeun não se destaca muito e fica dentro da sua zona de conforto, mas não sabemos se o papel foi escrito especificamente pra ele. O elenco entrega muito bem as cenas cômicas e também as dramáticas, o que não te faz sentir as mais de duas horas de filme passarem.
Mickey 17 é um filme de ficção com um pé bem plantado na realidade que te diverte do início ao fim.
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Reflix 146 – Demolidor: Renascido – s01e05e06
Lucas da Silva Biava
19 de maio de 2022 at 15:32
Achei o filme muito cruel e visceral. Ninguém acreditaria que é um documentário. Como filme de terror achei excelente. Pesado demais, mesmo para mim que tenho mais de 30 anos de filmes de terror.