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Reviews e Análises

Mulher Maravilha 1984 – Crítica

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Centrado no preço que é cobrado de nós para alcançarmos os nossos desejos, Mulher Maravilha 1984 é um espetáculo de efeitos especiais. Patty Jenkings está de volta na direção do longa-metragem que traz de volta Gal Gadot no papel de Diana Prince/Mulher Maravilha e Chris Pine como seu par romântico, Steve Trevor. Kristen Wiig traz para as telonas Barbara Minerva, a Mulher Leopardo, e ela se mantém longe dos seus trejeitos espalhafatosos do Saturday Night Live e entrega uma vilã bastante crível (para um filme de herói). Pedro Pascal tira a armadura de beskar do Mandaloriano de Star Wars para interpretar Maxwell Lord, em uma versão bem distanciada do material original.

Clay Enos / ™ & © DC Comics

A história tenta contar muita coisa de uma só vez e tende a se perder aqui e ali, começando com memórias da infância da Diana que, apesar de muito bem executadas, não agregam muito para a trama geral. Em vários momentos o filme espelha o primeiro, invertendo o papel de Diana e Steve o que novamente acaba se estendendo demais em cenas que pouco agregam à história principal. Mas o filme entretém e, quando acerta, até emociona o público. Hans Zimmer também está de volta compondo a trilha sonora que, junto dos efeitos, ajuda a deixar a audiência vidrada na ação na tela. Uma pedida razoável de blockbuster para um ano tão pobre em opções.

Avaliação: 3 de 5.

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1 Comment

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  1. João Marcos Silva Bastos

    28 de dezembro de 2020 at 15:47

    3 estrelas é demais pra esse filme, talvez meia estrela fosse mais adequado, sem dúvidas o pior blockbuster de 2020. Não merece nem um podcast próprio, baconzintos foi generoso demais aqui, não sei se para manter a parceria do site com a Warner.

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A Hora da Estrela – Crítica

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Quando se é aficionado por livros é comum alguma mania: ler a última página, tentar não “quebrar” a lombada de calhamaços enquanto se lê ou usar qualquer coisa que estiver a mão como marcador de páginas. Eu coleciono primeiros parágrafos: escrevo em pequenos cadernos que guardo na estante junto com os volumes que lhes deram origem. Claro que existem os favoritos como o de Orgulho e Preconceito (“É uma verdade universalmente conhecida que um homem solteiro, possuidor de uma boa fortuna, deve estar necessitado de uma esposa.”) e Anna Karenina (“Todas as famílias felizes são iguais, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira.”), mas nenhum fala tanto ao meu coração quanto o de “A Hora da Estrela”:

Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas sei que o universo jamais começou.

Agora, se você nunca leu “A Hora da Estrela”, pode dar uma chance a obra da autora ucrano-brasileira Clarice Lispector assistindo a adaptação realizada em 1985 pela cineasta Suzana Amaral, que voltou aos cinemas no último 16 de maio em cópias restauradas digitalmente em 4K.

O longa conta a história da datilógrafa Macabéa (vivida magistralmente por Marcélia Cartaxo, ganhadora do Urso de Prata de melhor atuação em Berlim) uma migrante vai do Nordeste para São Paulo tentar a vida. Órfã, a personagem parece pedir perdão o tempo todo por estar viva, quase se desculpando por ter sobrevivido a sina dos pais. Macabéa é invisível, invisibilizada e desencaixada do mundo.

A interação com as outras personagens acentua o caráter de estranheza que Macabéa sente de sua realidade (“O que você acha dessa Macabéa, hein?” “Eu acho ela meio esquisita”) onde a proximidade física reservada a ela é oferecida apenas pelas viagens de metrô aos domingos.

As coisas parecem mudar quando ao mentir ao chefe – copiando sua colega de trabalho Glória – dizendo que no dia seguinte irá tirar um dente para, na verdade, tirar um dia de folga. Passeia pela cidade e encontra Olímpico (José Dumont) a quem passa a ver com frequência. Infelizmente, mesmo ele, não entende a inocência e esse desencaixe de Macabéa, deixando-a.

“A Hora da Estrela” de Suzana Amaral traz a estética da fome tão cara ao Cinema Novo de Glauber Rocha não apenas na falta, ressaltada em oposição as personagens que orbitam a curta vida de Macabéa, mas no desalento, no desamparo e, principalmente, no abandono que, quando negado em certa altura pela mentira esperançosa da cartomante charlatã (vivida por Fernanda Montenegro), culmina na estúpida tragédia que ocorre com a protagonista.

Se no começo de tudo, como disse Clarice, sempre houve o nunca e o sim, para Macabéa e os seus “sim senhor” o universo reservou apenas o grande não que Suzana Amaral captou como ninguém.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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