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Uncharted: fora do mapa – Critica

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Segure a sua ansiedade e a labirintite que hoje vamos falar de Uncharted: Fora do mapa.

Nathan Drake, personagem feito por Tom Holland, Uncharted: fora do mapa, 2022

O filme, baseado em um jogo do Playstation, é levado até as telonas para delírio dos amantes do game. Com um bom elenco e uma proposta desafiadora, a Sony apresenta um filme com muita, mas muita ação.

Nas mãos do diretor Ruben Fleischer, que tem em seu currículo Venom (2018) e Zombielandia 1 (2009) e 2 (2019), traz uma dinâmica que lembra muito fortemente Indiana Jones” e “Os Goonies”, mas sem conseguir alcançar esses clássicos. Conseguiu formar boas cenas de ação e um ritmo eletrizante do início ao fim.

Os atores estão de maneira muito competente dentro de suas zonas de conforto e com um roteiro livre permitindo ver bem suas características. Temos no elenco Mark Wahlberg, Tom Holland, Antonio Banderas, Sophia Ali, Tati Gabrielle. Tendo uma ressalva especial para Tom Holland que mostra que realmente é um ótimo Peter Parker.

As cenas foram muito bem pensadas e com uma bela fotografia em muitos momentos e as trilhas e sonoplastia fazendo jus ao todo. E os efeitos especiais não deixam a desejar também não.. Mexem não só com as emoções do espectador, como também com seu ato reflexo na cadeira (ou seria sentido aranha). 

Nathan Drake (Tom Holland) e Victor Sullivan (Mark Wahlberg) em Uncharted: fora do mapa, Fevereiro 2022

O filme fala que mesmo crescido podemos manter o nosso espírito Goonie ativo e buscar aquele tesouro de uma lenda que lhe contavam quando criança. Que existem coisas por aí que não sumiram, apenas estão perdidas. E é com essa premissa que o jovem Peter, digo, Nathan Drake (Tom Holland) é acionado para a iniciativa vingaa.. digo, para uma empreitada junto com Victor Sullivan (Mark Wahlberg) e Chloe Frazer (Sophia Ali) para achar um tesouro e de quebra saber mais sobre seu irmão desaparecido. Mas para isso ele vai ter que apostar uma corrida com o Zorro, digo, Santiago Moncada (Antonio Bandera), que se considera herdeiro legítimo de um tesouro perdido que poderia ter sido de sua família, e sua vilã de aluguel Braddok (Tati Gabrielle). E com isso eles se metem em altas aventuras e resolvem alguns puzzles nível 5 de 20.

O filme vale a pena pelas cenas de ação e pelo humor, mas para esta crítica não leva muito mais do que duas estrelinhas.

Filme estreia dia 18 de fevereiro de 2022 nos cinemas.

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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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