Reviews e Análises
Tom e Jerry – O Filme | Crítica
A dupla dinâmica volta ao cinema e não são o Batman e o Robin, Tom & Jerry mais uma vez agraciam a telona com sua presença. Digo mais uma vez por eles terem sido originados no cinema em 1940 pelas mentes criativas de William Hanna e Joseph Barbera. Hoje a dupla de gato e rato traz uma experiência fantástica que remete ao saudoso filme Uma Cilada para Roger Rabbit ao envolver filmagens com atores reais e bastante efeitos práticos com desenhos que são adicionados por cima.

O filme se passa nos tempos modernos onde Kayla (Clöe Grace Moretz), uma jovem ambiciosa que faz de tudo para arrumar um emprego em um hotel em Nova Iorque, acaba se metendo em altas confusões com um ratinho marrom chamado Jerry e seu arquirrival Tom, um gato cinza. O filme conta também com os talentos de Michael Peña, Rob Delaney e Ken Jeong.
O filme revive vários clássicos da animação de Tom & Jerry, trazendo de volta o bulldog Spike, o gato Butch e sua trupe, a gatinha branquinha que é a paixão de tom e muitas piadas que ficam ainda melhores na telona. A integração dos desenhos com os seres humanos e o ambiente ao seu redor está muito bem realizada, um ótimo trabalho da equipe de efeitos práticos. É diversão garantida para toda a família, alegrando as crianças e os pais do mesmo tanto.

Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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