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Reviews e Análises

Tenet – Crítica

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O título do filme ser um palíndromo encaixa perfeitamente com a trama, e a primeira metade do filme deixa isso bem claro. O Protagonista é apresentado a um mundo onde uma ameaça da terceira guerra mundial está acontecendo na frente dos olhos do mundo. Espionagem internacional é a ponta do iceberg na jornada que somos inseridos junto do Protagonista (John Davis Washington) em sua jornada para salvar o mundo.

Christopher Nolan usa e abusa da tecnologia para trazer seu roteiro para a telona, com câmera lenta, cgi e muita explosão. O filme é repleto de ação, que começa logo nas primeiras cenas, mas não deixa muita coisa sem explicação. Essa quantidade de demonstração e explanação acaba deixando o filme longo, então não beba muita água antes de ir assistir ou vai ficar com vontade de ir ao banheiro no meio do filme.

A trilha sonora segue bem o estilo de Nolan, criada por Ludwig Göransson (Pantera Negra, O Mandaloriano, Creed), em momentos ela lembra a trilha dos dois filmes do Batman do diretor. Kennet Branagh está muito bem no papel de vilão, enquanto John Davis Washington mostra que pode levar um filme de ação nas costas. Robert Pattinson passa boa parte do filme como o parceiro do Protagonista e está bem nas cenas de ação, o que me dá mais esperança nele como o próximo Batman.

Com cenas de luta muito bem ensaiadas e realizadas, o filme prega peças na audiência pela forma que desenrola a trama. A história do filme é pretenciosa, com algumas reviravoltas e quebras de expectativas ela consegue fugir de alguns clichês enquanto se segura fortemente a outros que são essenciais para um bom filme de ação.

O filme não deixa de ter alguns furos de roteiro, erros de montagem e continuidade, mas não é pra isso que se vai ao cinema ver filme de ação e ficção científica.

Avaliação: 4 de 5.

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Reviews e Análises

Lispectorante – Crítica

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Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.

Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.

Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.

A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!

Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.

Avaliação: 3 de 5.
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Burburinho

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