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Slender Man – Pesadelo Sem Rosto (Slender Man) 2018 – Review – Por Maria Eduarda Senna

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O filme começa, ao contar a história de quatro amigas Wren (Joey King), Hallie (Julia Goldani Telles), Chloe (Jaz Sinclair) e Katie (Annalise Basso), descobrem que uns amigos delas vai invocar o Slenderman, e em uma reunião de amigas na casa de Katie, elas decidem invoca-lo também, através de um vídeo na internet. A partir daí, as meninas descobrem que os amigos não tiveram coragem de chamar o Slenderman é apenas elas passaram a sonhar e ver o Slenderman em todos os lugares, como uma espécie de assombração e psicose.


A ideia do filme é muito interessante, até porque o Slenderman é uma lenda urbana levada muito a sério nos Estados Unidos apesar de se originar como um meme da internet, criado em 2008, por Eric Knudsen. Ele é descrito como “ semelhante a um homem magro, anormalmente alto, com uma cabeça branca e inexpressiva e que veste um terno preto. Histórias do personagem comumente apresentam-lhe como um perseguidor ou sequestrador de pessoas, principalmente de crianças. “

A lenda foi se tornando sólida apartar da contribuição de outras pessoas na internet que criavam cada vez mais fotos e coisas sobre as aparições dele para gerar medo e torná-lo real.

Até tudo certo, temos uma lógica é um ideia interessante já que estamos falando de cinema e que podemos criar o que quisermos.

Só que o roteiro de Slanderman escrito por David Birke, deixa muito a desejar, até por que varias coisas sobre ele já foram feitas, inclusive um documentário da HBO que na minha opinião é mais interessante. Principalmente por não se aprofundar nos personagens, e você não criar empatia nem carinho por nenhuma delas.

Além disso o filme só te diz que essas meninas são muito amigas ( é isso é o tempo todo porque vc vê a foto delas juntas pelo menos 3 vezes em cada cena) e que elas têm uma família, porém elas vão desaparecendo mas aparentemente os pais não sentem falta e nada acontece.



A Direção do filme por Sylvain White (que por sinal dirigiu séries tão boas quando The Following) não surpreende, mas também não é uma direção ruim, longe disso (apesar dos pesares). Ela tem ali os elementos essenciais do terror, planos bem feitinhos, com bastante detalhes e fechadinhos, em alguns momentos (CLARO QUE COM A AJUDA DA TRILHA) você que está desprevenido lá quase cochilando leva um sustinho. Uma sequência me chamou bastante atenção por ter sido bem perturbadora (na minha opinião) foi a do hospital, para mim o suspense criado ali poderia ter sido criado no filme todo. Mas claro que não foi bem assim, até pq temos coisas terríveis como quando o Slenderman vai aparecer pra elas em casa, que ele faz um face time mostrando que ele está chegando no quarto….meu deus isso é horrível.

Enfim… Eu estava doida pra assistir, porque como é um mito da internet, ele poderia ser explorado de varias formas, uma construção de medo dava pra ter sido criada, eu esperava voltar aos anos 90 onde a gente saia do cinema realmente com medo de brincar de invocar uma “loira do banheiro” ou falar com espíritos através de um compasso, mas não foi bem isso.



As atuações estão ok, a Joey King é a que mais chama a atenção e já vimos antes o quanto ela realmente é boa e consegue carregar uma carga assim em filmes de terror como fez em “Invocação do Mal”. Mas é isso.



NOTA: 2,0

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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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