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Reviews e Análises

Os Caras Malvados – Crítica

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O que pode acontecer quando você é tratado como um vilão desde sempre? Os Caras Malvados fala exatamente disso, de forma muito leve e divertida. Baseado nos quadrinhos de Aaron Blabey, o filme acompanha as peripécias de Sr. Lobo, Tarântula, Sr. Tubarão, Sr. Piranha e Sr. Cobra. Sempre vistos como maus, desajustados e assustadores, eles tem uma longa história de crimes de sucesso. Só quem em um golpe num evento de gala Sr. Lobo se vê salvando uma velhinha de cair da escada e tudo muda. O quentinho no peito, a cauda abanando é uma sensação nova que leva o bando para uma reabilitação com o Professor Marmelada.

A mais nova animação da DreamWorks é um ótimo exemplo de que as animações não precisam ser foto realistas para serem boas. O estilo é tão bonito que cada frame é quase que uma pintura, o uso de linhas pretas para definir os traços das personagens e o uso de cores intensas nos traz uma bela animação. A direção de dublagem está de parabéns também, com um elenco que traz uma mistura de atores e personalidades ela entrega uma dublagem de altíssima qualidade que entrega realmente a “versão brasileira” do filme.

George Gargiulo

Com Romulo Estrela (Sr. Lobo), Agatha Moreira (Diane Raposina), Sergio Guizé (Sr. Cobra), Babu Santana (Sr. Tubarão), Luis Lobianco (Sr. Piranha), Nyvi Estephan (Srta. Tarântula), Sérgio Stern (Professor Marmelada), Pâmella Rodrigues (Tiffany) e Isabela Quadros (Misty) o elenco brasileiro engrandece o filme e dá aquela pitadinha de Brasil no texto, que só nossa dublagem tem.

Assisti o filme junto de um público apinhado de crianças que adoraram, comentaram e vibraram com o filme. Os adultos também se divertiram muito com o filme; são gargalhadas e reviravoltas que entretém a família inteira, digno de ser visto no cinema com muita pipoca.

Avaliação: 5 de 5.
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Reviews e Análises

Lispectorante – Crítica

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Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.

Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.

Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.

A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!

Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.

Avaliação: 3 de 5.
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Burburinho

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