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Reviews e Análises

O Convento – Crítica

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Eu juro que tento entender qual é a obsessão de Hollywood de fazer as freiras como figuras aterradoras. As irmãs na vida real são as pessoas mais pacíficas e humildes que se pode conhecer, mas nos filmes, toda vez que surge uma, parece que estamos encontrando o próprio capeta.

O Convento (Consecration – 2023) não foge à essa regra. E, como em diversos filmes recentes de terror, esse é mais um daqueles que falha miseravelmente em aterrorizar ou assustar. O diretor Christopher Smith se especializou em fazer esses filmes de susto de baixo orçamento que não dão medo. Parabéns pra ele.

Aqui, a história ainda tenta trazer algo original. Grace (Jena Malone) é uma oftalmologista que é chamada às pressas para um convento na Escócia, onde encontraram o corpo de seu irmão, um padre, morto. Depois de conversar com o investigador da polícia e descobrir que a suspeita é de que seu irmão tenha assassinado outro sacerdote e depois se suicidado, Grace resolve investigar por conta própria o caso.

E aí entra enredo sobrenatural, o da relíquia celestial/macabra que não se decide o que é, o da viagem no tempo, o dos espíritos malignos, mais assassinatos acontecem, surgem padres sinistros e freiras esquisitonas. É uma farofa tão grande de temas que vão se acumulando que você só consegue torcer para que aquilo termine logo. Infelizmente, como filme de terror, “O Convento” é fraquíssimo e dispensável. Fuja como o diabo foge da cruz.

Avaliação: 1.5 de 5.
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Reviews e Análises

Lispectorante – Crítica

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Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.

Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.

Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.

A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!

Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.

Avaliação: 3 de 5.
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Burburinho

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