Connect with us

Reviews e Análises

Herói de Sangue – Crítica

Published

on

Filmes de guerra são sempre muito emocionantes e densos. Herói de Sangue (Tirailleurs – 2022) não é uma exceção à regra. O filme francês conta a história de Bakary (Omar Sy), pai de Thierno (Alassane Diong). Durante a Primeira Guerra Mundial, Bakary se alista no exército francês para poder ficar perto de seu filho que foi recrutado contra sua vontade. Ambos são enviados para o front e enfrentam a guerra na colônia francesa de Senegal.

Um ponto interessante do filme é poder conhecer um pedaço da guerra no qual nós normalmente não temos muita familiaridade, que no caso é a luta francesa no Senegal contra os alemães. O estilo da guerra, de trincheiras, não muda aqui, mas é interessante ver que a metralhadora foi realmente uma peça chave na definição do conflito.

Outro ponto interessante é a relação entre pai e filho que se desenrola na história. O pai quer tirar o filho daquela situação e retornar para sua pacata vila, enquanto que o filho acaba se envolvendo em situações e crescendo dentro do exército e aquilo acaba entrando dentro de seu ego e ele bate de frente com o pai. Isso gera situações de dar aquele nó na garganta e de pensar até que ponto devemos ouvir nossos pais ou seguir em frente com nossas convicções.

O filme tem uma produção muito bem feita, com um orçamento alto para um filme fora de Hollywood. A fotografia e o figurino decente ajudam a compor a realidade que é necessária para um filme histórico. O final traz pelo menos uma surpresa que vai fazer o espectador refletir sobre como uma história pode ser contada de forma a ser original sem muita firula de roteiro. Simples e competente, Herói de Sangue é sobre o amor paternal e incondicional, e o quanto estamos dispostos a lutar por esse amor e pela vida dos nossos filhos.

Avaliação: 3 de 5.
Continue Reading
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Reviews e Análises

Ainda Estou Aqui – Crítica

Published

on

By

ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
Continue Reading

Burburinho

Entretenimento que não acaba! Acompanhe nossos podcasts, vídeos e notícias.
Copyright © 2016-2023 Portal Refil — Todos os direitos reservados.
FullStack Dev: Andreia D'Oliveira. Design: Henrique 'Foca' Iamarino.
Theme by MVP Themes — WordPress.
Política de Privacidade