Reviews e Análises
Godzilla e Kong: O Novo Império – Crítica

É bem difícil escrever uma crítica sobre Godzilla e Kong: O Novo Império. Primeiro porque como obra de arte, como filme em si, ele é horroroso. Diálogos ridículos, trama pífia, recursos de resolução da história retirados do nada, personagens mal desenvolvidos, um verdadeiro roteiro de filme trash. Mas aí é que está: um filme de monstros onde o que a gente quer ver mesmo são os bichões se esmurrando sem dó nem piedade por duas horas NÃO PRECISA DE UM ROTEIRO BOM! Precisa é de cenas de tirar o fôlego. E isso ele entrega.
E como entrega. O filme é dirigido por Adam Wingard, que também cuidou do filme anterior e que a gente se empolgou tanto que gravamos até um QueIssoAssim. Dessa vez, o filme segue a história do anterior, com o gorila gigante Kong restrito a viver sua vida na Terra Oca, enquanto Godzilla fica na superfície do planeta, enfrentando as ameaças de monstros que surgem querendo destruir a Terra.
Tudo segue dentro da normalidade possível dentro de uma situação como essa até que Kong encontra uma civilização de outros monstros, macacos como ele, em determinada região da Terra Oca que ainda não havia sido explorada. E é claro que aí esses macacos têm um líder ditador, que quer poder e bababababababa, não interessa. O que a gente quer ver é o pau quebrar entre os bichões mesmo.

O elenco traz de volta Rebecca Hall como a Dra Andrews e Bryan Tyree Henry como Bernie. A jovem Kaylee Hottle retorna também como a Jia, só que agora mais adolescente. E o que acontece com ela é outra loucura fumada dos roteiristas que só estando muito chapado pra criar aquilo. Mas isso incomoda? Nem um pouco. Por que? Porque o pau quebrou entre o Godzilla e um outro Kaiju e eu nem parei pra pensar nisso.
O filme ainda tem tempo de trazer um novo personagem que é uma mistura de Han Solo, Peter Quill de Guardiões da Galáxia e o Cara de Pau do Esquadrão Classe A se ele fosse um dentista veterinário. É uma esculhambação tão grande esse personagem que nem a cena mais louca dele arrancando o dente do Kong com um guindaste de construção civil montado em uma nave consegue tirar a gente do filme. Até porque, olha só, o Kong acabou de enfiar a muqueta no queixo do Godzilla e os dois caíram em cima da pirâmide de Gizé, no Egito. E tá tudo ótimo.

Enfim. Godzilla e Kong: O Novo Império como filme é uma nota 1. Mas como diversão é nota 5. É daqueles filmes pra ir de galera, na sala com a tela e o som mais absurdos do mundo e jogar pipoca pra cima quando chegar a sequência da batalha final entre os bichos. E o que eu mais quero agora é um compilado com todas essas cenas de porrada de todos os filmes pra eu ficar revendo e gritando.
Nota 1 de 5 para o filme
Nota 5 de 5 para a diversão
Reviews e Análises
Mickey 17 – Crítica

Mickey 17 é o filme mais recente de Bong Joon Ho (Parasita 2019) que desta vez nos traz uma ficção científica onde a clonagem (ou seria replicação?) de seres humanos existe. Nesse universo Robert Pattinson é Mickey Barnes, um dispensável – um funcionário descartável – em uma expedição para o mundo gelado de Nilfheim.
Mickey é recriado após cada missão extremamente perigosa que normalmente acaba em sua morte. O filme segue a décima sétima versão de Mickey que também é o narrador de como ele foi parar nessa roubada. E conta como as 16 vidas passadas foram muito úteis para a sobrevivência do restante da tripulação e passageiros da nave. Tudo ocorre muito bem até que, ao chegar de uma missão Mickey 17 se deita em sua cama e Mickey 18 levanta ao seu lado.
No elenco temos Steven Yeun (Invencível) como Timo, o melhor amigo de Mickey. Naomi Ackie (Pisque duas Vezes) como sua namorada Nasha e Mark Ruffalo (Vingadores) como Kenneth Marshal o capitão da nave.
O roteiro do filme foi adaptado do romance Mickey7 de Edward Ashton e foi anunciado antes mesmo da publicação da obra. Ele é cheio de críticas sociais, algo muito comum nos trabalhos de Bong Joon Ho, que usa a nave, sua tripulação e seus passageiros como um recorte da sociedade. Com um seleto grupo cheio de regalias enquanto a massa tem que contar minunciosamente as calorias ingeridas, pessoas com trabalhos simples e outras literalmente morrendo de trabalhar em escala 7×0.
Robert Pattinson quase carrega o filme nas costas, mas Mark Ruffalo também dá um show de interpretação junto de Toni Collette. Infelizmente Steven Yeun não se destaca muito e fica dentro da sua zona de conforto, mas não sabemos se o papel foi escrito especificamente pra ele. O elenco entrega muito bem as cenas cômicas e também as dramáticas, o que não te faz sentir as mais de duas horas de filme passarem.
Mickey 17 é um filme de ficção com um pé bem plantado na realidade que te diverte do início ao fim.
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