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Reviews e Análises

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes – Crítica

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Acho que já podemos dizer que Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes (Dungeons & Dragons: Honor Among Thieves – 2023) talvez seja a melhor surpresa da temporada 2023 de blockbusters. Adaptação do famoso RPG (role playing game) de mesa (entre outras encarnações), o filme dirigido e escrito por John Francis Daley e Jonathan Goldstein, conta uma história que poderia acontecer em qualquer sessão do jogo, pois consegue trazer para as telas a sensação de estar envolvido em uma partida do gênero.

Edgin (Chris Pine) é um bardo que usava seu talento como ladrão para ajudar um grupo chamado harpistas a prender os temidos Magos Vermelhos, uma maléfica seita de feiticeiros que pretendem escravizar todo o reino de Neverwinter. Preso depois de tentar roubar um artefato que poderia ressuscitar a sua esposa, Edgin foge da prisão acompanhado da bárbara Holga (Michelle Rodrigues), apenas para descobrir que foi traído pelo ex-amigo Forge (Hugh Grant) que, não só assumiu o papel de grão-chefe da principal cidade, mas também se aliou à Sofina (Daisy Head), maga vermelha que prepara a chegada da sua seita.

Edgin tinha confiado a Forge a guarda de sua filha Kira (Chloe Coleman) que acreditou em suas mentiras e acredita ter sido abandonada por Edgin, que agora monta um grupo de aventureiros com a ajuda de Holga, Doric (Sophia Lillis) e Simon (Justice Smith) para ir atrás de um artefato que permita a eles invadirem o castelo de Forge e resgatar Kira.

Parece confuso? Mas não é. O roteiro do filme é simplesmente leve e agradável que vai te levando pela história sempre de forma divertida e até mesmo lúdica, explicando muito bem algumas coisas do jogo como criaturas e magias que poderiam deixar muita gente sem entender nada.

Vários momentos do filme parecem sair direto de coisas que aconteceriam durante uma partida de RPG, como a cena hilária do cemitério, a invasão à masmorra atrás de um artefato mágico, o embate com o vilão e com criaturas mágicas, entre outros. O filme é muito bem ambientado no universo de Dungeons & Dragons com diversos easter eggs para quem já acompanha há tempos, como personagens e criaturas famosas e até mesmo uma participação dos personagens do desenho animado Caverna do Dragão, que lá na gringa era D&D.

O grande triunfo de Dungeons & Dragons é não se levar a sério demais. É uma aventura de RPG medieval e todo mundo que já jogou, sabe que o intuito é se divertir. E é isso o que o filme faz. Sem ser galhofa, sem ser forçado, o roteiro vai conduzindo o espectador no mundo fascinante e envolvente, sem necessidade de muita firula ou enrolação. Quando você perceber, o filme já está se encaminhando para o seu final e você nem sentiu o tempo passar.

Talvez a melhor forma de entenderem o que é esse filme é dizer que Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes é um Guardiões da Galáxia no mundo de fantasia medieval. Diversão garantida. Vá ver no cinema!

Avaliação: 4 de 5.
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Reviews e Análises

Lispectorante – Crítica

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Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.

Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.

Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.

A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!

Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.

Avaliação: 3 de 5.
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Burburinho

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