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Reviews e Análises

Dr. Estranho no Multiverso da Loucura – Crítica

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Pra quem não lembra o multiverso no MCU foi introduzido rapidamente no primeiro filme do Dr. Estranho, quando a Anciã o introduz ao multiverso e de onde sai a energia para fazer as magias:

Em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura o filme começa com a treta já acontecendo, e o público descobre junto do mago o que está acontecendo. Diferentemente de Homem-Aranha Sem Volta pra Casa, o filme não é sobre uma invasão de variantes na terra, mas uma viajem fantástica pelo multiverso na busca de salvar não só a vida de uma pessoa super poderosa, mas o multiverso inteiro da destruição ou da dominação.

Recomenda-se ter assistido WandaVision antes de assistir este filme, pois o filme não explica muito a situação de Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) – a Feiticeira Escarlate – quando ela aparece no filme. Steven Strange (Benedict Cumberbatch) vai à ela buscar ajuda para deter o vilão da estória e salvar a vida de América Chaves (Xochitl Gomez) que aparece no universo 616 sendo perseguida por monstros através do multiverso.

O filme também toca levemente nas escolhas que o Doutor teve que fazer, como se afastar de Christine (Rachel McAdams) e se a forma de salvar o universo de Thanos foi a melhor possível. Mas o foco está na busca do conhecimento necessário para salvar Miss América, que consegue abrir portais entre os universos e aparentemente é a única pessoa que não tem variantes no multiverso.

Variantes das personagens principais do filme são centrais, e reforçam a ideia das consequências das escolhas, principalmente do próprio Dr. Estranho. Algumas aparições de personagens de What If são auto explanatórias para quem não assistiu, já outras são novidades que fazem o cinema perder o fôlego.

O filme é um deleite de cenas de ação com bastante efeitos especiais e uma pitadinha de piadinhas por cima, mas é mais soturno. O roteiro é um pouco mais pesado do que estamos acostumados com a Marvel, com bastante diálogo permeando as cenas de ação, e apesar de estarmos falando de multiverso não é complexo, não possui muitas reviravoltas e desenvolve a trama de uma forma quase linear.

Porém ele desenvolve muito bem arcos de história para as personagens principais e ninguém termina o filme da mesma forma que começou, todos com evoluções necessárias para o seguimento da história do MCU e sem a megalomania de Eternos.

A trilha sonora e os efeitos sonoros tem o seu destaque, Danny Elfman usa e abusa das trilhas já existentes. O departamento de efeitos sonoros brilha o filme inteiro, e em certo ponto sobrepuja o que está na tela, mas sem fugir do roteiro. Recomenda-se assistir em um cinema com boa qualidade sonora.

Sam Raimi (Homem-Aranha e The Evil Dead) volta aos filmes de herói 20 anos depois do lançamento do primeiro Homem-Aranha e alia muito bem o seu toque de filme de terror com pitadas de comédia para entregar um filme de ação e aventura sombrio no ponto que deve ser, e com aquela pitadinha de comédia inerente dos filmes da Marvel. O filme conta com duas cenas pós-créditos, mas a segunda é completamente dispensável.

Avaliação: 4 de 5.
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Reviews e Análises

Lispectorante – Crítica

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Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.

Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.

Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.

A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!

Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.

Avaliação: 3 de 5.
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Burburinho

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