Reviews e Análises
Coração de fogo – Critica
Brooklin, 1920. Todo mundo odeia uma menina que não sabe seu lugar. Tá, pareceu pesado. Mas sabemos que para ter direitos, as mulheres tiveram que conquistar. E tudo começa com uma faísca de um sonho. Essa história conta a trajetória de uma menininha que narra a história de seu maior herói: o grande bombeiro Shawn Nolan, e o quanto ela deseja ser um espelho desse herói no futuro. E como uma boa criança, sonha que irá conquistar seu sonho pois tudo é possível. Será que vai conseguir?
A Paris films, Caramel Films, Anton e eOne Films apresentam essa animação divertidíssima. Laurent Zeitoun que foi produtor de “Intocáveis” de 2011 e “A morte de Stalin” (2017) e escritor de “Bailarina” (2016) faz parceria com Theodore Ty, que é uma verdadeira máquina de animações de sucesso como: Diretor de animação em “A Bailarina” (2016), e da equipe de animação de “Pinguins de madagascar”, “Como treinar seu dragão 2”, “Kung Fu Panda”, “Origem dos Guardiões” e a lista segue maravilhosa. Com isso sabemos que temos uma combinação maravilhosa.
A animação tem um belo apelo visual e um acabamento maravilhoso, chamando bastante atenção para as crianças. Outro ponto alto é que as piadas e soluções do filme trazem um clima de aventura muito curioso para o interesse de seu público alvo. O som acompanha de maneira bem justa a qualidade do filme.
Usando um período histórico das décadas de 20 e 30 do séc XX, o filme ambienta o sonho de Georgia Nolan, uma pequena menina a ser como seu pai, Shown Nolan, um grande bombeiro que está afastado da corporação e se dedica à alfaiataria. Mas essa situação é impossível para a realidade das mulheres naquele período. Dez anos depois, seu pai recebe uma missão de retornar temporariamente para a corporação para resolver um caso de um grande problema que vem assolando os teatros da Broadway, Nova York. É então que Georgia tem a oportunidade perfeita para se disfarçar e ir em busca de enfrentar toda uma jornada para romper esse paradigma e mudar uma frase que passou toda a infância ouvindo: “Você poderia ter vivido seu sonho se fosse menino”. Como será que se desenrola essa aventura? Será que Georgia Nolan consegue alcançar seu sonho?
O filme vale bem a pena levando 3 e ½ de 5 medalhas de honra do corpo de críticos deste site.
Esta crítica homenageia Ana Rita e as demais 39 pioneiras formadas em São Paulo na primeira turma de mulheres no Corpo de Bombeiro Brasileiro.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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