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Case Comigo – Crítica

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Case comigo, é uma experiência agradável para corações doces. É uma forma leve e simples de falar de novas formas de relacionamento e o encontro com o amor em tempos de relacionamentos líquidos (Abraço, Bauman) e com tantas pessoas emocionalmente desacreditadas desse sentimento. E mostra que de uma maneira divertida que pode ser bom, pode ser… Feliz.

Este longa-metragem traz J-lo no papel de (ela mesma) uma super estrela latina da música pop chamada Kat Valdez e fazendo que ela faz melhor, cantar e encantar. Traz também Owen Wilson que está agradavelmente divertido no papel do professor metódico de matemática Charlie Gilbert. Traz também Maluma como Bastian, que é ele mesmo só que na versão inception. E um elenco de apoio sensacional que merece uma menção especial para os coadjuvantes John Bradley, nosso querido Sam Tarly, Sarah Silverman e Chloe Coleman, que dão uma liga maravilhosa para as cenas.

A diretora é Kat Coiro, que tem uma boa experiência dirigindo episódios de série de tv (inclusive She Hulk, que está em pós produção) e curtas, aqui, não decepciona no trabalho. ao que se propõe a direção entrega uma experiência redondinha. Com roteiro de John Rogers, Tami Sagher e Harper Dill, a história não se propõe ambiciosa, mirabolante, antes ela aposta na qualidade do simples, linear e bem acabado. A história prende, empolga, diverte e captura o espectador do começo ao fim.. 

Kat Valdez (Jennifer Lopez) e Charlie Gilbert (Owen Wilson) em Case Comigo, dirigido por Kat Coiro.

A frase “Se quer uma coisa diferente, você precisa fazer de jeito diferente.” e “Quando a oportunidade bate à porta, tenha coragem de dizer sim.” Sequestra o coração do espectador, que constantemente pensa “que loucura tudo isso.” e a própria personagem responde “Por que não?”. O filme narra que apesar de estar pouco cotado no mercado, o tal do amor ainda pode ser encontrado por aí e cada vez de maneiras mais inusitadas. E que se as partes estiverem abertas para uma aposta inicial e disposição para ir evoluindo na jornada o mais improvável pode encontrar liga.

É um filme leve, divertido, bem trabalhado, agradável tanto para deixar um recado no ar para um outro alguém que ainda não tomou atitude, como também para animar um Netflix and chill. E ao que se propõe merece facilmente uma nota 4 de 5 com o coração quentinho desta crítica.

O filme estreia dia 10 de fevereiro de 2022 nos cinemas.

“E cada decepção foi uma estrada para a felicidade
apontando diretamente, me levando para casa
Eu nunca estive perdida
Eu só estava de passagem
Eu estava indo em sua direção”

Avaliação: 4 de 5.
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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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