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Reviews e Análises

Até os Ossos – Crítica

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Até os Ossos (Bones and All) é um filme difícil de digerir. A história segue a trajetória de Maren (Taylor Russel), uma jovem mulher que precisa aprender a lidar com uma situação incontrolável de seu próprio ser: uma sede e fome incontrolável por carne humana. Sim, ela descobre que é uma canibal e não por opção, mas por necessidade.

No decorrer de sua jornada de entender quem é e como sobreviver em uma sociedade que com certeza não entende os seus atos, ela conhece alguns personagens como Sully, interpretado pelo sempre brilhante Mark Rylance. Sully ensina ela a farejar outros como ela, que ele chama de Devoradores.

Em sua jornada para encontrar sua perdida mãe, Maren conhece outro devorador, Lee (Timotheé Chalamet), por quem se apaixona e vive desventuras durante o resto de todo o filme. Os dois precisam aprender a lidar com sua situação, ao mesmo tempo de que vivem o dilema de que o que fazem não é legal.

O filme é baseado no livro de Camille DeAngelis e é dirigido por Luca Guadagnino, diretor de Me Chame pelo seu Nome e Suspiria: A dança do medo. O diretor consegue misturar suspense, romance e terror de uma forma bem equilibrada, enquanto que o roteiro consegue mesclar bem todos esses momentos e criar uma história competente e intrigante. As atuações são excelentes e a química entre o casal principal é boa.

O choque fica para a crueza das cenas de canibalismo, com sangue transbordando pela tela. Filme forte e cru para os mais acostumados com esse tipo de filme. Quem é meio fraco para ver sangue não deve assistir pois vai passar mal. Estejam avisados.

Avaliação: 4 de 5.
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Ainda Estou Aqui – Crítica

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ainda estou aqui

Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.

Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.

Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.

Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.

Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.

O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.

Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.

Nota 5 de 5

Avaliação: 5 de 5.
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Burburinho

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