Reviews e Análises
A Luz do Demônio – Crítica
Um filme aos moldes. É isso, “jump scare na promoção, o gerente enlouqueceu”. E assim nós vamos falando desse filme de suspense sobrenatural do capiroto, chamado “A luz do Demônio”. Um filme pra levar aquele affair amoroso e oferecer um ombro na amizade.
Dirigido por Daniel Stamm, que tem uma boa e vasta experiência no segmento, com títulos como “A morte necessária”, 2008, “O Último exorcismo”, em 2010, e “13 pecados”, 2014. Nesse trabalho ele apresenta mais um filme relacionado a exorcismo e forças demoníacas com escolhas muito boas, mas básicas, na sua direção. Os efeitos estão bem executados e a escolha de câmera e ambientação bem feita. Quer dizer… o filme não decepciona.
No elenco, Temos Jaqueline Byers (“A casa do medo”, 2018, “You are here”, 2019) interpretando a Sister Ann, que é a perturbada principal. Temos também Christian Navarro (Série: “13 Porquês”), como o par não romântico porquê estamos falando de igreja e ele é o padre Dante. Temos também Colin Salmon (“Residente evil 5”, 2012, “Mente Criminosa”, 2016), que aqui interpreta o Padre, professor de exorcismo e cover do sagat, Padre Quinn. Seguindo temos Ben Cross (“Jack, o matador de gigantes”, 2013, “A última Carta de amor”, 2021), que aqui interpreta o ranzinza Cardeal Mathews. E também Nicholas Ralph (“The Most Reluctant Convert”, 2021) como o novato estudante Padre Raymond. Elenco entrega muito bem a atuação e sustenta a demanda do filme.
No elenco infantil, cabe o destaque especial. E vemos brilhando a Debora Zhecheva (“Sangue de pelicano”, 2019, “A walk Through life 360º”, 2020) como a Jovem Ann, e Posy Taylor como a portadora do capiroto e criança abandonada por nome Natalie. Ôhh elenquinho miserável de bom. Essas meninas deram um show.
E do que se trata esse filme de Todd R Jones e Earl Richey Jones mesmo. A História de uma bela menininha que tinha uma mãe diagnosticada com esquizofrenia, mas que no intimo, ela sabia que a mãe estava era possuída pelo coisa ruim que ganha aqui o nome de “A voz”. Essa menina cresce e se torna freira e tem uma missão: aprender exorcismo para não deixar outras pessoas passarem o que ela passou com a mãe. Mal sabe ela que o Possuidor de nome “A voz” está atrás dela. E indo contra tradições e limitações, ela vai dar o seu melhor. Inclusive lutando com mal em si.
O filme é beeeeem basiquinho, mas não surpreende, então essa crítica 2,5/5 e é de bom tamanho pra ele.
O filme estreia dia 27 de outubro nos cinemas.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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