Reviews e Análises
Desejo Proibido – Crítica
Ahhhh que delícia de filme pra arrepiar a nuca daquele povo que já esqueceu o que é uma pegada com vontade. Aquele soft porn com muita poesia para embelezar um romance perigoso. A turma do sonho de princesa que encontra o vagabundo que tem a vida transformada pode animar as borboletas. Em breve nos cinemas: Desejo Proibido.
O Filme é dirigido por Tomasz Mandes, o mesmo diretor da trilogia “365” de 2020 – 2022. Uma fotografia e ritmo muito semelhantes. Uma condução muito parecida, porém com mais experiência. A direção faz seu trabalho muito bem e apresenta um resultado competente, mas sem grandes destaques. Se tivesse que destacar algo é que a trilha funciona bem e está bem presente e a fotografia é cheeeeeia de filtro, mas é muito bela.
O roteiro carrega a assinatura de Tomasz e Mojca Tirs (“365 dias: hoje” de 2022) e já mostra o que eles são bons de contar. Aqui temos um romance apimentado daqueles que você se pergunta: quem vai gostar? E a resposta é: um monte de gente. A história tem mais profundidade que 365, mas não é um compêndio sobre as relações humanas. O plot é clichê, as falas e as cenas são bem organizadas e o desenvolvimento ta encaixado. Em resumo: Dever de casa feito. Mas vou entregar aqui: tem algumas cenas ali que são só preliminares pro próximo catranco.
No elenco temos um povo bonito. Começamos com Magdalena Boczarska (“A arte de amar” de 2017 e “Partida fria” de 2019) como a juíza Olga e interpretando sua filha Maja, temos a atriz Katarzyna Sawczuk (“Destemida” de 2020 e “Plano de aula” de 2022). E pra bagunçar o coreto e as florezinhas temos o gostosão do Maks, interpretado por Simone Susinna (“365 dias: hoje” de 2022). Vamos dizer que é uma atuação de sessão da tarde para um roteiro de cineband privê com milanesa e tudo.
Vamos entregar o ouro agora para que você se organize e veja se vale a pena ir assistir. Olga é uma juíza bem estabelecida, e em sua pausa no trabalho, recebe o flerte de um jovem bonitão chamado Maks em uma cafeteria. Esse flerte fatal é o início de uma situação complexa pra muita gente. O tal Maks é testemunha de um caso em que a juíza está trabalhando e é também amigo com benefícios de uma outra jovem que gosta de um bom barraco. Maks é de fato jovem, porque haja libido e Olga tem é lenha guardada pois, os dois juntos é um fogo absurdo. É cada olhou, sorriu… Mas vou contar mais não. Chega que até eu me animei aqui. Assiste lá e depois me diga o que achou.
Essa crítica dá 2,5 de 5 pra esse filme por considerar que ele é assim: mediano sim.
O filme estreia dia 06 de abril nos cinemas.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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