Reviews e Análises
Os Caras Malvados – Crítica
O que pode acontecer quando você é tratado como um vilão desde sempre? Os Caras Malvados fala exatamente disso, de forma muito leve e divertida. Baseado nos quadrinhos de Aaron Blabey, o filme acompanha as peripécias de Sr. Lobo, Tarântula, Sr. Tubarão, Sr. Piranha e Sr. Cobra. Sempre vistos como maus, desajustados e assustadores, eles tem uma longa história de crimes de sucesso. Só quem em um golpe num evento de gala Sr. Lobo se vê salvando uma velhinha de cair da escada e tudo muda. O quentinho no peito, a cauda abanando é uma sensação nova que leva o bando para uma reabilitação com o Professor Marmelada.
A mais nova animação da DreamWorks é um ótimo exemplo de que as animações não precisam ser foto realistas para serem boas. O estilo é tão bonito que cada frame é quase que uma pintura, o uso de linhas pretas para definir os traços das personagens e o uso de cores intensas nos traz uma bela animação. A direção de dublagem está de parabéns também, com um elenco que traz uma mistura de atores e personalidades ela entrega uma dublagem de altíssima qualidade que entrega realmente a “versão brasileira” do filme.
Com Romulo Estrela (Sr. Lobo), Agatha Moreira (Diane Raposina), Sergio Guizé (Sr. Cobra), Babu Santana (Sr. Tubarão), Luis Lobianco (Sr. Piranha), Nyvi Estephan (Srta. Tarântula), Sérgio Stern (Professor Marmelada), Pâmella Rodrigues (Tiffany) e Isabela Quadros (Misty) o elenco brasileiro engrandece o filme e dá aquela pitadinha de Brasil no texto, que só nossa dublagem tem.
Assisti o filme junto de um público apinhado de crianças que adoraram, comentaram e vibraram com o filme. Os adultos também se divertiram muito com o filme; são gargalhadas e reviravoltas que entretém a família inteira, digno de ser visto no cinema com muita pipoca.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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