Reviews e Análises
Morte no Nilo – Crítica
Morte no Nilo é uma belíssima adaptação do Livro de Agatha Christie que chega aos cinemas sob a direção de Kenneth Branagh e um elenco de tirar o fôlego, e eu não estou de eufemismo aqui. E conta a história de Hercule Poirot em ação com sua perspicácia analítica continuando sua jornada após a “Morte no Expresso do Oriente”, Porém dessa vez um caso complexo que balança seu coração metódico e analítico.
Agatha Christie dispensa apresentação, mas passa pela adaptação de Michael Green que trabalhou em American Gods (2017), Morte no Expresso do Oriente (2017), Blade Runner 2049 (2017), Logan (2017), ou seja, um roteirista de pedigree. Tem como diretor o Kenneth Branagh que já tem em sua carreira Belfast de 2021, que foi indicado ao Oscar, e também foi diretor de “Assassinato no Expresso do Oriente”.
Agora falando de elenco, que elenco. Kenneth Branagh, Gal Gadot, Emma Mackey, Armie Hammer, Sophie Okonedo, Rose Leslie, Tom Bateman, Annette Bening, Letitia Wright e o Red Carpet não finda. Um trabalho excelente de atuação e cenas com uma dinâmica impressionante. Não foi só uma ótima escolha de elenco, mas um excelente aproveitamento. Um verdadeiro show.
Um espaço especial reservado para os incríveis enquadramentos, cenários e fotografias desse filme. Os efeitos estão muito bem executados. O trabalho visual é belíssimo.
E o que se trata o filme? A história começa contando um motivo para um marcante traço de Hercule Poirot e também sobre um momento importante da história deste personagem. Em um salto no tempo, o famoso detetive é chamado para um serviço que vai se desdobrando em outros mistérios, sentimentos e ressentimentos, até que um crime acontece. O que é necessário para que o culpado não seja pego? Há cúmplice? Algo pode fugir ao faro atento de Hercule Poirot?
Tudo isso você descobre a partir do dia 10 de fevereiro, nos cinemas.
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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