Reviews e Análises
A Viúva das Sombras – Crítica
Uma equipe de resgate está realizando treinamentos em uma floresta ao norte de São Petersburgo quando recebem um chamado de um adolescente desaparecido. A floresta é conhecida por desaparecimento de pessoas, onde apenas alguns corpos nus foram encontrados. Logo a equipe perde contato com o exterior e as tretas começam.
O filme russo de terror, é dirigido por Ivan Minin, e segue uma equipe de resgate que interrompe seu treinamento para procurar um adolescente desaparecido numa floresta ao norte de São Petersburgo. Reza a lenda local que uma bruxa habita as partes mais sombrias da mata, onde dos desaparecidos somente são encontrados os corpos nus e sem sinais de causa da morte.
No elenco temos Viktoria Potemina, Anatasiia Gribova, Margarita Bychkova, Ilya Agapov, Aleksey Aniskin, Konstantin Nesterko e Oleg Chugunov entregando atuações bem convincentes, em um roteiro bem amarrado e executado. O filme tem alguns jump-scares mas eles são os necessários para a trama, que leva o público a se assustar e entrar na estória. Um ótimo filme de terror, de arrepiar os cabelos.

Reviews e Análises
Lispectorante – Crítica

Lispectorante de Renata Pinheiro, diferente de outras produções baseadas na obra de Clarice Lispector – A Hora da Estrela (1985), de Suzana Amaral e A Paixão Segundo G.H. (2023) de Luiz Fernando Carvalho – não tem foco, especialmente, em nenhum texto da autora, mas consegue captar seu universo e soluciona o fluxo de consciência, característica primeira de sua literatura, através de cenas marcadas pelo fantástico.
Durante o longa acompanhamos Glória Hartman – uma artista plástica em crise, recém-divorciada e sem dinheiro – que retorna para sua terra natal, indo visitar sua tia Eva. Ao encontrar um guia de turismo com um grupo acaba interessando-se pelas informações sobre a casa de Clarice Lispector que, a partir daqui será o lugar do onírico e de profundas e solitárias discussões existenciais, preenchido por ruinas de um mundo apocalíptico.
Lispectorante, palavra inventada tradução do intraduzível, Oxe, pra mim listectorante é uma droga ilegal feita numa manhã de um Carnaval que se aproxima. Pra expectorar mágoas, prazeres, visgos e catarros num rio que vira charco
Entre o fazer artístico – sempre mostrado de forma fantástica, surrealista – e a necessidade de sustento, Glória se apaixona por Guitar, um artista de rua mais jovem com quem inicia um romance.
A escolha de Marcélia Cartaxo para viver Glória nos ajuda a encaixá-la no mundo de Clarice: é como se ela sempre tivesse estado ali, vivendo e sentindo todas aquelas subjetividades, mesmo sendo uma personagem de atitudes muito diferentes de Macabéa, que a atriz viveu em A Hora da Estrela. Glória é livre, mas seu momento de vida – uma mulher madura, recém-divorciada, sem dinheiro e em um “lance” com um homem mais jovem – nos remete as inseguranças de Macabéa – jovem, tímida e descobrindo o mundo. Ambas estão em transição!
Lispectorante é poético e tem um desfecho que não surpreende e nisso ele é excelente: não há outro caminho para o sentir do artista que as suas incertezas.
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