Reviews e Análises
Monster Hunter – Crítica
O novo filme do casal Paul W. S. Anderson e Milla Jovovich responde questões que nunca pensamos antes, tal qual “Como matar um monstro gigante no combate corpo a corpo?” Baseado no videogame homônimo da Capcon, Monster Hunter é caracterizado por armas gigantes para matar animais maiores ainda.
No filme, um grupo de soldados da ONU está procurando um comboio sumido e acaba sendo transportado para um mundo novo. Lá, Artemis (Milla Jovovich) se vê na pele de Bear Grylls e responsável pela sobrevivência de seu time num mundo inóspito onde todos os animais querem jantar os seres humanos.
O Caçador (Tony Jaa) tenta ajudar, e traz o que é a melhor parte do roteiro na minha opinião: Artemis e o Caçador não falam a mesma língua e tem que se virar na mímica e na confiança. Essa dinâmica rende algumas risadas e até eleva o roteiro que se apoia muito nas cenas de ação e nos monstros gigantes para segurar o filme.
Temos ainda a participação de Ron Perlman como o Almirante, sendo mais uma vez Ron Perlman no cinema. E, fechando o elenco que aparece muito rápido na tela temos T.I., Diego Boneta, Meagan Good, Josh Helman, Jin Au-Yeung, Hirona Yamazaki, Jannik Schümann e Nanda Costa.
O filme é mais uma obra com selo Paul W. S. Anderson de qualidade: muita ação, roteiro pra levar de uma explosão para a próxima. Com cenas que remetem diretamente a incongruência de um jogo com monstros gigantes. Literalmente vemos Milla Jovovich usar as Blade of Chaos (God of War) para bater nas canelas de monstros gigantes…
Reviews e Análises
Ainda Estou Aqui – Crítica
Existem alguns filmes que ao assistirmos apenas os primeiros dez minutos já temos a percepção de estarmos diante de um clássico ou de uma obra-prima. É o caso de O Poderoso Chefão, por exemplo. Ou de Cidade de Deus, para trazer mais perto da nossa realidade brasileira. Não é o caso de Ainda Estou Aqui, novo filme de Walter Salles que chega aos cinemas dia 7 de novembro.
Não. Ainda Estou Aqui demora um pouco mais para percebermos que estamos diante de um dos melhores filmes brasileiros já feitos. E isso é fácil de entender, simplesmente porque a história é contada no tempo dela, sem pressa de acontecer. Mas quando você chegar na cena em que a personagem principal se vê presa, você não vai esquecer desse filme nunca mais na sua vida.
Baseado no livro de mesmo nome de Marcelo Rubens Paiva, o filme conta a história da família de Marcelo, que em 1970 passou pela traumatizante experiência de ter o pai, o ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva, simplesmente levado arbitrariamente pela Ditadura Militar e nunca mais retornar.
Ainda Estou Aqui começa te estabelecendo como um observador da família. E como ele leva tempo para te mostrar todo o cotidiano e te apresenta os personagens aos poucos, o espectador vai se tornando parte daquele núcleo familiar. Quando as coisas vão ficando sinistras, você já está envolvido e consegue sentir a mesma angústia e desespero que a família sentiu.
Fernanda Torres está simplesmente deslumbrante como Eunice Paiva. Forte, aguerrida, destemida, o que essa mulher aguentou não foi brincadeira. E Fernanda transmite isso como nenhuma outra atriz seria capaz. Selton Mello interpreta Rubens Paiva com muita simpatia e tenacidade. Simples sem ser simplório. Você literalmente quer ser amigo dele.
O elenco da família, crianças e adolescentes também está simplesmente perfeito. Todos impecáveis, assim como todo o elenco de apoio. Destaque também para a ponta da diva Fernanda Montenegro, como a Eunice idosa que, em no máximo cinco minutos de tela e sem dizer uma palavra, mostra porque é a maior atriz de todos os tempos.
Com um roteiro muito bem escrito e uma direção impecável, aliados a uma fotografia perfeita, é impossível apontar qualquer defeito neste filme. Com uma temática ainda necessária nos dias de hoje, é um dever cívico assistir a Ainda Estou Aqui, o melhor filme de 2024, sem sombra de dúvida.
Nota 5 de 5
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Simões Neto
25 de fevereiro de 2021 at 16:06
Não dá pra esperar “muito roteiro” num filme desses. Só espero que seja divertido.
Baconzitos
25 de fevereiro de 2021 at 16:41
É divertido, Flodoaldo. Pode ir, vale o ingresso